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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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OUTRO LADO

Ministério nega que dinheiro faça superávit e espera mais doações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Mesa (Ministério de Segurança Alimentar), responsável por administrar o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, informou que todos os recursos do fundo haviam sido usados no decorrer do ano.
"Diante disso, não há a mínima possibilidade de os recursos serem utilizados como superávit primário pelo governo", afirmou o ministro José Graziano, por meio de sua assessoria.
A Folha insistiu em que não era isso o que mostrava o Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais), alimentado com dados oficiais, do Tesouro Nacional.
O próprio site do Fome Zero, numa prestação de contas do fundo, informa que haviam sido gastos até o final de novembro R$ 2,8 bilhões dos cerca de R$ 5 bilhões disponíveis.
Do dinheiro vinculado diretamente ao Mesa, apenas 10,01% haviam sido gastos, segundo o levantamento.
Diante da insistência, o Mesa reconsiderou a primeira resposta e informou que o dinheiro não usado neste ano voltaria ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no ano que vem, embora isso não esteja previsto no Orçamento da União.
Tecnicamente, só as despesas empenhadas são transferidas para o ano seguinte na forma de restos a pagar. Quanto ao dinheiro não-empenhado, continuará sendo sinônimo de superávit fiscal.

Mais doações
O ministério espera que o fundo receba mais doações em 2004. "Há uma tendência para isso. E torcemos para que isso se multiplique de fato, pois toda a sociedade irá se beneficiar com este crescimento", disse Graziano.
De acordo com o Mesa, as doações atingiram na última quinta-feira a marca de R$ 7,2 milhões. Mais R$ 200 mil haviam sido doados na segunda semana de dezembro.


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