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OUTRO LADO
Ministério nega que dinheiro faça superávit e espera mais doações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Mesa (Ministério de Segurança Alimentar), responsável por
administrar o Fundo de Combate
e Erradicação da Pobreza, informou que todos os recursos do
fundo haviam sido usados no decorrer do ano.
"Diante disso, não há a mínima
possibilidade de os recursos serem utilizados como superávit
primário pelo governo", afirmou
o ministro José Graziano, por
meio de sua assessoria.
A Folha insistiu em que não era
isso o que mostrava o Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais), alimentado com dados oficiais, do
Tesouro Nacional.
O próprio site do Fome Zero,
numa prestação de contas do fundo, informa que haviam sido gastos até o final de novembro R$ 2,8
bilhões dos cerca de R$ 5 bilhões
disponíveis.
Do dinheiro vinculado diretamente ao Mesa, apenas 10,01%
haviam sido gastos, segundo o levantamento.
Diante da insistência, o Mesa reconsiderou a primeira resposta e
informou que o dinheiro não usado neste ano voltaria ao Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza no ano que vem, embora isso
não esteja previsto no Orçamento
da União.
Tecnicamente, só as despesas
empenhadas são transferidas para o ano seguinte na forma de restos a pagar. Quanto ao dinheiro
não-empenhado, continuará sendo sinônimo de superávit fiscal.
Mais doações
O ministério espera que o fundo
receba mais doações em 2004.
"Há uma tendência para isso. E
torcemos para que isso se multiplique de fato, pois toda a sociedade irá se beneficiar com este crescimento", disse Graziano.
De acordo com o Mesa, as doações atingiram na última quinta-feira a marca de R$ 7,2 milhões.
Mais R$ 200 mil haviam sido doados na segunda semana de dezembro.
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