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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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CASO SANTO ANDRÉ

Polícia é acionada

Promotoria de SP reage contra crítica de Marta

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma declaração da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que associou o trabalho do Ministério Público paulista ao PSDB, motivou um pedido de abertura de inquérito policial para apurar se a prefeita petista cometeu crime contra a honra.
Marta afirmou, em entrevista para a revista "IstoÉ" desta semana, que os promotores paulistas trabalham "a favor do PSDB". "Existe um movimento do Ministério Público em cima da cidade. Quando ele está fiscalizando, eu aplaudo. Mas quando fica partidarizado, prejudica a cidade. É o que está ocorrendo por aqui", declarou a prefeita.
Ontem, o procurador de Justiça Antonio José Martins Moliterno enviou à Polícia Civil um pedido de instauração de inquérito criminal para apurar as declarações de Marta Suplicy.
"Tal afirmação, em princípio, constitui crime contra a honra (...) e deve ser apurada através de regular inquérito policial", informou o procurador em nota distribuída à imprensa.
A Prefeitura de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada da iniciativa do Ministério Público e que irá aguardar a comunicação oficial da abertura do inquérito policial.
Em entrevista publicada na terça-feira pela Folha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse não ver motivos para que o PT se oponha às investigações do Ministério Público sobre a morte do prefeito Celso Daniel em janeiro de 2002.
Segundo Alckmin, "esse caso foi esclarecido. Os assassinos estão presos. O que se questiona é o mandante e a motivação". Segundo ele, "Ministério Público é um órgão independente, para defender o cidadão. Não está a serviço nem de governo A nem de governo B. Quantas vezes o PT se valeu do Ministério Público? O Ministério Público vale para todo mundo. É para defender a sociedade não é para proteger nem A nem B".
Em resposta, o presidente do PT, José Genoino, disse temer que a investigação do assassinato esteja se transformando "apenas em ataques a nomes do partido".


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