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SUCESSÃO
Governador tucano de São Paulo afirma "estar pensando no assunto'
Covas nega estar "em cima
do muro" sobre reeleição
ROGÉRIO GENTILE
da Reportagem Local
O governador
paulista, Mário
Covas (PSDB),
disse ontem que
não está "em cima do muro" ao
falar sobre a
possibilidade de disputar um segundo mandato. Covas, que no
ano passado anunciou que não
disputaria a reeleição, disse que
está pensando no assunto, mas
que isso não significa que já mudou de opinião.
"Não há hesitação. Não venham
com essa história de muro. Comigo não pega. Vocês não apontam
um fato na minha vida em que eu
tenha ficado em cima do muro."
O governador não confirma publicamente, mas o PSDB já sabe
que ele enfrentará Paulo Maluf
(PPB). A dúvida é apenas a data do
anúncio da candidatura.
O próprio Covas tem preparado
o terreno para que a mudança de
posição não pareça incoerência.
"Eu não disse que não era (candidato) porque era contra a reeleição. Sempre fui contra por causa
da imprensa. Tenho medo do tratamento que a imprensa vai dar. O
presidente já tem três processos, e
eu tenho um", afirmou, ao tratar
das acusações de uso da máquina.
Para Covas, suas negativas não
fazem parte de uma estratégia. "Se
depois de 20 anos de vida pública
vocês desconfiam que faço lances,
não valeu nada a vida inteira."
Ontem, minutos antes de se reunir com 30 deputados que foram
defender a sua candidatura, Covas
disse que "às vezes" tem vontade
de corresponder aos apelos.
"Não é fácil. Não pense que isso
não me leva a pensar, ponderar.
Imagina o significado de seis governadores virem aqui", afirmou,
referindo-se à visita, na última segunda, dos governadores Marcello Alencar (Rio), Tasso Jereissati
(CE), Eduardo Azeredo (MG), Albano Franco (SE), Almir Gabriel
(PA) e Dante de Oliveira (MT).
O PSDB está buscando o apoio
do PSB, que já lançou Pedro Dallari. Ontem, em solenidade oficial, o
presidente da Assembléia, Paulo
Kobayashi, fez questão de elogiar
a ex-prefeita paulistana Luiza
Erundina.
"Jânio Quadros havia quebrado
a cidade. Ela corrigiu."
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