DA REDAÇÃO

O PPS indicou ontem o deputado estadual Arnaldo Jardim (SP), líder do partido na Assembléia Legislativa, para ser candidato a prefeito de São Paulo. O deputado estadual Romeu Tuma Júnior foi indicado para vice na chapa. Ele também era pré-candidato, mas retirou seu nome da disputa na semana passada.
Jardim obteve 48 votos, contra 41 do deputado federal João Herrmann Neto. O resultado ainda precisa ser confirmado na convenção do diretório municipal, que ocorrerá em junho.
Segundo Jardim, o resultado da pré-convenção de ontem não será alterado em junho porque foi o fim de um processo "bastante trabalhado" dentro do partido, com a realização de quatro debates e de curso com os candidatos a vereador, por exemplo.
Herrmann Neto discorda. "É a convenção do partido [em junho] que legitima a candidatura", diz. Ele afirmou que delegados que têm cargos no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) foram pressionados para que votassem no nome de Arnaldo Jardim.
A assessoria do deputado federal divulgou uma nota ontem à tarde intitulada "PSDB vence prévia do PPS". De acordo com Herrmann, ao longo da pré-convenção de ontem tucanos entraram em contato várias vezes com integrantes do PPS para saber como estava a votação.
"Isso é choro de mau perdedor", responde Jardim. Ele citou a presença de um representante do presidente nacional do partido, Roberto Freire, e de assessores do ministro Ciro Gomes (Integração Nacional), também do PPS, como mostra de que o processo de escolha do seu nome foi legitimado pelas instâncias da sigla, que integra a base de apoio de Alckmin na Assembléia e a base do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.



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