São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Prefeituras petistas são investigadas

DA REPORTAGEM LOCAL
DOS REGIONAIS

Além de Ribeirão Preto, município administrado pelo prefeito Antônio Palocci Filho, coordenador do programa de governo do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os petistas enfrentam problemas com licitações para obras e compras em outras cidades do interior paulista.
Em Araraquara, a gestão de Edinho Silva é alvo de inquérito aberto pelo Ministério Público para apurar suspeitas de fraude em licitação para compra de merenda.
A prefeitura é acusada de favorecer empresas da região do ABC, no que o caso se assemelha ao episódio do extrato de tomate com ervilha de Ribeirão Preto, cuja licitação foi suspensa pela Justiça.
A gestão de Newton Lima, de São Carlos, é acusada de gastos irregulares com escolas de samba. Uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) constatou irregularidade em dois contratos, sem licitação, em serviços de asfalto.
Em oito meses de governo, a prefeita Izalene Tiene, de Campinas, que substitui Toninho do PT, assinou 19 contratos sem licitação, no valor de R$ 13 milhões. O argumento para a dispensa foi o mesmo da capital: emergência.

Outros Estados
O prefeito de Blumenau (SC), Décio Nery de Lima, já foi denunciado pelo Ministério Público estadual. É acusado de criar um caixa dois por meio da Fundação Hospitalar da cidade com o objetivo de fazer pagamento irregulares a assessores petistas.
Pelo menos R$ 383,3 mil teriam sido gastos com esse esquema. A Justiça acatou a denúncia do promotor Flávio Duarte de Souza, que propôs ação civil pública.
O governo Jorge Viana, do Acre, é acusado de superfaturamento nas obras da BR-317, que tem recursos federais gerenciados pelo Estado. Durante a sua gestão, segundo o deputado estadual João Correia (PMDB), autor de vários pedidos de investigação ao Ministério Público, o custo de cada quilômetro da estrada saltou de R$ 350 mil para R$ 1,048 milhão.
Os prefeitos petistas atribuem aos adversários políticos as acusações. Informam que não foram condenados pela Justiça e as investigações ainda estão em curso.
O governo do Acre informou que o Tribunal de Contas da União e o DNER atestaram a legalidade da obra.


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