São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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O RESSENTIDO

Economista não quer aprovação para conselho

Eduardo Jorge faz lobby contra procuradora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Objeto de investigação e pedidos de CPI no passado, o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge acompanhou ontem, na Câmara, sessão de criação da comissão para apurar os Correios.
No fundo do plenário, observando à distância o bate-boca entre governistas e oposicionistas, não conteve um sorriso. "Estou aqui me divertindo."
Jorge, auxiliar próximo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi a Brasília falar com senadores contra a indicação da procuradora-geral da República em São Paulo Janice Ascari para compor o Conselho Nacional do Ministério Público. Ascari chefiou apuração de suposta ligação, nunca provada, entre Jorge e o desvio de verbas para a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. Ela tem de ser aprovada pelo Senado para compor o Conselho.
Jorge, que reclama ter sido perseguido, carregava debaixo do braço envelope branco com documentos contra a procuradora, que entregava aos senadores. "Não estou pedindo aos senadores que votem contra a indicação, estou apenas entregando documentos que mostram a atuação passada dela."
Ele chegou ao plenário da Câmara logo no início da sessão e conversou com parlamentares do PSDB. O economista, agora radicado no Rio, integra o conselho fiscal da sigla. Entregou dossiês, entre outros, aos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Romeu Tuma (PFL-SP).
Alguns não o reconheciam, o que não o intimidava. "Não sei se o sr. se lembra de mim, sou Eduardo Jorge, fui secretário-geral da Presidência...", disse a um senador. Sobre a CPI dos Correios, afirmou: "Não sou contra nem a favor, muito pelo contrário". (FÁBIO ZANINI)


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