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O RESSENTIDO
Economista não quer aprovação para conselho
Eduardo Jorge faz lobby contra procuradora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Objeto de investigação e pedidos de CPI no passado, o ex-secretário-geral da Presidência
da República Eduardo Jorge
acompanhou ontem, na Câmara, sessão de criação da comissão para apurar os Correios.
No fundo do plenário, observando à distância o bate-boca
entre governistas e oposicionistas, não conteve um sorriso.
"Estou aqui me divertindo."
Jorge, auxiliar próximo do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi a
Brasília falar com senadores
contra a indicação da procuradora-geral da República em
São Paulo Janice Ascari para
compor o Conselho Nacional
do Ministério Público. Ascari
chefiou apuração de suposta ligação, nunca provada, entre
Jorge e o desvio de verbas para
a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. Ela tem de
ser aprovada pelo Senado para
compor o Conselho.
Jorge, que reclama ter sido
perseguido, carregava debaixo
do braço envelope branco com
documentos contra a procuradora, que entregava aos senadores. "Não estou pedindo aos
senadores que votem contra a
indicação, estou apenas entregando documentos que mostram a atuação passada dela."
Ele chegou ao plenário da Câmara logo no início da sessão e
conversou com parlamentares
do PSDB. O economista, agora
radicado no Rio, integra o conselho fiscal da sigla. Entregou
dossiês, entre outros, aos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Romeu Tuma (PFL-SP).
Alguns não o reconheciam, o
que não o intimidava. "Não sei
se o sr. se lembra de mim, sou
Eduardo Jorge, fui secretário-geral da Presidência...", disse a
um senador. Sobre a CPI dos
Correios, afirmou: "Não sou
contra nem a favor, muito pelo
contrário".
(FÁBIO ZANINI)
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