São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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DIPLOMACIA

Brasileiros visitam 60 países em campanha por assento permanente no CS

Brasil faz ofensiva por vaga na ONU

PEDRO DIAS LEITE
DE NOVA YORK

O Brasil lançou uma ofensiva diplomática de visitas a 60 países que integram a Assembléia Geral da ONU em busca de apoio a seu projeto de conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A campanha teve início no final do mês passado e ainda está em andamento. Ao todo, 12 diplomatas fizeram viagens a esses países, do Butão a Moldova, de Belarus a Tonga. No momento, vários embaixadores estão nas missões.
Uma das primeiras foi a do ex-ministro José Viegas à Argentina, no auge da mais recente crise com o vizinho. Foi nessa época que o governo argentino acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "querer nomear até o papa".
Na maioria dos casos, cada diplomata ficou encarregado de viajar a países próximos da área de influência de suas representações. Em um dos exemplos, o embaixador brasileiro na Austrália, Frederico Cezar de Araújo, ficou com as Ilhas Salomão, Nauru, Papua Nova Guiné e Vanuatu.
A campanha do governo Lula por uma vaga permanente no Conselho de Segurança é a maior aposta do petista no campo diplomático internacional.

Votação próxima
No mais recente lance público, o Brasil apresentou na semana passada, em conjunto com Japão, Alemanha e Índia, sua proposta de reforma do Conselho de Segurança à ONU. O projeto prevê a criação de seis novos integrantes permanentes (atualmente há cinco) e mais quatro não-permanentes (hoje são dez).
Nos últimos dias, integrantes da missão diplomática que representa o país na ONU tiveram encontros com o secretário-geral, Kofi Annan, e com nações que se opõem à proposta.
O governo brasileiro planeja avançar aos poucos. Depois de votada a resolução que cria as vagas permanentes, será a vez da eleição dos integrantes, e só por fim haveria uma mudança na Carta da ONU. O Brasil quer votar esse primeiro passo em junho.


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