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DIPLOMACIA
Brasileiros visitam 60 países em campanha por assento permanente no CS
Brasil faz ofensiva por vaga na ONU
PEDRO DIAS LEITE
DE NOVA YORK
O Brasil lançou uma ofensiva diplomática de visitas a 60 países
que integram a Assembléia Geral
da ONU em busca de apoio a seu
projeto de conseguir uma vaga
permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A campanha teve início no final
do mês passado e ainda está em
andamento. Ao todo, 12 diplomatas fizeram viagens a esses países,
do Butão a Moldova, de Belarus a
Tonga. No momento, vários embaixadores estão nas missões.
Uma das primeiras foi a do ex-ministro José Viegas à Argentina,
no auge da mais recente crise com
o vizinho. Foi nessa época que o
governo argentino acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
de "querer nomear até o papa".
Na maioria dos casos, cada diplomata ficou encarregado de viajar a países próximos da área de
influência de suas representações.
Em um dos exemplos, o embaixador brasileiro na Austrália, Frederico Cezar de Araújo, ficou com as
Ilhas Salomão, Nauru, Papua Nova Guiné e Vanuatu.
A campanha do governo Lula
por uma vaga permanente no
Conselho de Segurança é a maior
aposta do petista no campo diplomático internacional.
Votação próxima
No mais recente lance público, o
Brasil apresentou na semana passada, em conjunto com Japão,
Alemanha e Índia, sua proposta
de reforma do Conselho de Segurança à ONU. O projeto prevê a
criação de seis novos integrantes
permanentes (atualmente há cinco) e mais quatro não-permanentes (hoje são dez).
Nos últimos dias, integrantes da
missão diplomática que representa o país na ONU tiveram encontros com o secretário-geral, Kofi
Annan, e com nações que se
opõem à proposta.
O governo brasileiro planeja
avançar aos poucos. Depois de
votada a resolução que cria as vagas permanentes, será a vez da
eleição dos integrantes, e só por
fim haveria uma mudança na
Carta da ONU. O Brasil quer votar
esse primeiro passo em junho.
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