|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lula obtém apoio da Coréia do Sul para pleitear vaga
DO ENVIADO ESPECIAL A SEUL
O Brasil obteve da Coréia do
Sul mais um apoio ao pleito de
se tornar membro permanente
do Conselho de Segurança da
ONU (Organização das Nações
Unidas). Por razões geopolíticas, a Coréia do Sul ofereceu
suporte indireto: disse que dará
ao Brasil o mesmo tratamento
que prometeu à Alemanha.
O governo sul-coreano se
comprometeu a votar na Alemanha se o CS tiver ampliação
de seu número de vagas permanentes (hoje são cinco). Ou
seja, também votará no Brasil
se houver duas vagas extras.
A razão de os coreanos não
darem o apoio irrestrito às pretensões brasileiras é que essa
atitude significaria uma adesão
automática à tese também defendida pelo Japão -um dos
principais adversários políticos
dos coreanos. Japão e Brasil estão juntos na campanha por
uma vaga no CS da ONU.
No seu discurso ontem à noite num banquete oferecido por
Roh Moo-hyun, presidente sul-coreano, Lula tocou no assunto
de maneira discreta: "O papel
decisivo da ONU nesse esforço
[respeito estrito ao direito internacional] torna inadiável
que o CS se democratize e recupere sua legitimidade".
Lula soube agradar ao colega,
oferecendo apoio às iniciativas
do país para reconquistar a paz
com a Coréia do Norte. Mais à
frente, em telefonema ao senador Aloizio Mercadante, foi
mais preciso sobre como ajudar na reconciliação: futebol.
Mandou dizer ao senador
Eduardo Suplicy que iria propor à CBF a realização de jogo
da seleção com as duas Coréias,
no molde do que fez em 2004
no Haiti, após a queda de Jean-Bertrand Aristide.
(FR)
Texto Anterior: Diplomacia: Brasil faz ofensiva por vaga na ONU Próximo Texto: Campo minado: CPI da Terra identifica "laranjas" do MST Índice
|