São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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Lula obtém apoio da Coréia do Sul para pleitear vaga

DO ENVIADO ESPECIAL A SEUL

O Brasil obteve da Coréia do Sul mais um apoio ao pleito de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Por razões geopolíticas, a Coréia do Sul ofereceu suporte indireto: disse que dará ao Brasil o mesmo tratamento que prometeu à Alemanha.
O governo sul-coreano se comprometeu a votar na Alemanha se o CS tiver ampliação de seu número de vagas permanentes (hoje são cinco). Ou seja, também votará no Brasil se houver duas vagas extras.
A razão de os coreanos não darem o apoio irrestrito às pretensões brasileiras é que essa atitude significaria uma adesão automática à tese também defendida pelo Japão -um dos principais adversários políticos dos coreanos. Japão e Brasil estão juntos na campanha por uma vaga no CS da ONU.
No seu discurso ontem à noite num banquete oferecido por Roh Moo-hyun, presidente sul-coreano, Lula tocou no assunto de maneira discreta: "O papel decisivo da ONU nesse esforço [respeito estrito ao direito internacional] torna inadiável que o CS se democratize e recupere sua legitimidade".
Lula soube agradar ao colega, oferecendo apoio às iniciativas do país para reconquistar a paz com a Coréia do Norte. Mais à frente, em telefonema ao senador Aloizio Mercadante, foi mais preciso sobre como ajudar na reconciliação: futebol.
Mandou dizer ao senador Eduardo Suplicy que iria propor à CBF a realização de jogo da seleção com as duas Coréias, no molde do que fez em 2004 no Haiti, após a queda de Jean-Bertrand Aristide. (FR)


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