São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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Paulinho usa estrutura da Força Sindical

DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), oficializa amanhã sua candidatura a prefeito de São Paulo afirmando que quer desligar-se "definitivamente" da Força Sindical durante a campanha eleitoral. Na semana passada, afastou-se da presidência da central para dedicar-se à eleição.
Na prática, porém, tem mostrado que deve manter sua imagem colada à da Força, que tem 1,5 milhão de filiados só em São Paulo.
O local escolhido para o lançamento da candidatura é a sede da Força, o Palácio do Trabalhador, que foi alugado para o partido. Quem convidou a imprensa foi a central sindical, não o PDT.
Além disso, de acordo com Paulinho, os 56 sindicatos filiados à Força Sindical na cidade aceitaram ajudá-lo na campanha.
Questionado se isso não violaria a Lei Eleitoral, que proíbe a participação de entidades sindicais em campanhas eleitorais, respondeu:
"Quem vai trabalhar são os militantes, não os sindicatos. Não vou permitir que os sindicatos ponham na rua nem um carro de som sequer para me ajudar".
Segundo seu advogado, Eduardo Nobre, não haveria problema caso a Força Sindical cedesse sua sede ao PDT sem cobrar aluguel. Ele diz que a proibição da Lei Eleitoral não se aplica à Força porque, oficialmente, a estrutura sindical brasileira não inclui as centrais.
(RICARDO WESTIN)


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