São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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Com imunidade, sistema ficará "estrangulado", diz promotor

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o promotor da Cidadania de Ribeirão Preto (SP), Sebastião Sérgio da Silveira, que investiga irregularidades na administração do ex-prefeito Antonio Palocci (PT), a proposta de estender o foro privilegiado para os processos da área cível é o prelúdio de mais impunidade. "Daí, sim, que não irão julgar nada. Esse sistema, que está falido, vai ficar estrangulado."
O colega dele em Ribeirão Preto, o delegado Benedito Antonio Valencise, que investiga Palocci criminalmente, diz ver o privilégio como um "foro da impunidade". "O correto era que o político não poderia concorrer a um cargo enquanto estivesse sob investigação."
Na visão do delegado, essa mudança na legislação forçaria a uma outra mudança, a da reforma no Judiciário. Dessa forma, haveria uma pressão maior para acelerar os julgamentos.
Palocci é investigado em Ribeirão por denúncias de corrupção quando era prefeito. A polícia apura suposto esquema de fraudes em licitações para limpeza pública. Uma delas foi vencida pela Leão Leão, uma das maiores doadoras da campanha de Palocci em 2001.
Além disso, Rogério Buratti acusa Palocci de ter recebido mesada de R$ 50 mil da Leão quando prefeito, o que ele nega.


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