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CASO ALSTOM
Governo reclama de falta de dados sobre bloqueio de conta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro vai
encaminhar ofício às autoridades da Suíça reclamando
de não ter sido comunicado
sobre o bloqueio do Ministério Público daquele país de
conta atribuída a Robson
Marinho, conselheiro do
TCE (Tribunal de Contas do
Estado) de São Paulo.
Segundo promotores suíços, há indícios de que a conta recebeu dinheiro proveniente de propina da empresa francesa Alstom.
O DRCI, ligado ao Ministério da Justiça e responsável
pela repatriação de ativos, ficou sabendo do congelamento de pouco menos de US$ 1
milhão pela Folha.
Reportagem de anteontem revelou que a Suíça havia bloqueado conta bancária atribuída a Marinho que
supostamente recebeu comissões ilegais da Alstom.
Marinho nega ter a conta.
"Estou sofrendo um processo leviano de insinuações
sem fundamento", disse.
A falta de comunicação
nesse caso, segundo profissionais ligados ao combate à
lavagem de dinheiro, é inédita. A atitude pode inviabilizar a eventual repatriação do
dinheiro e complicar ainda a
obtenção de provas no processo contra a Alstom, que
depende de aval do DRCI.
A multinacional é investigada na Suíça, na França e no
Brasil por suspeita de pagar
comissões ilegais para obter
contratos com governos do
Brasil e de outros países. Em
São Paulo, estão sob suspeita
contratos da Eletropaulo e
do Metrô, firmados durante
governos tucanos.
Marinho foi chefe da Casa
Civil na gestão Mario Covas.
Ele é suspeito de ajudar a
empresa a obter um contrato
de R$ 110 milhões, em 1998.
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