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NO RUMO
Presidente faz discurso otimista e nega a saída de ministro da agricultura
Emprego é a "grande batalha" do governo, diz FHC em SP
da Reportagem Local
O presidente Fernando Henrique Cardoso mandou ontem um
recado para os partidos aliados
que, desde o início do seu segundo mandato, protagonizam embates políticos em busca de mais
espaço no governo federal.
Ao discursar durante solenidade no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, FHC disse que
a "grande batalha" do governo
agora é a do "emprego" e ressaltou que essa "batalha é nacional,
não de um partido, de um governador, de um presidente".
Na opinião do presidente, o
país passou por dificuldades
com a crise da Rússia, mas conseguiu "recolocar o trem no trilho". Ele disse que o Brasil venceu a batalha da inflação e que
agora a luta é para garantir a
"perspectiva da estabilidade para a população, não só a dos preços, mas a da vida".
"As pessoas confundem alhos
com bugalhos. Pensam que a política tal é de fulano ou de beltrano, de tal partido. Estão equivocadas. Isso é um dever patriótico. Temos que nos unir, darmos
as mãos para avançar naquilo
que é essencial para a melhoria
do bem-estar da população brasileira." Mais uma vez, FHC fez
um discurso em tom otimista.
Para ele, "o governo não perdeu
o rumo, nem a energia, nem a
confiança no país".
O presidente assinou com o
governador Mário Covas
(PSDB-SP) convênio para construção de moradias populares liberando, nesse primeiro momento, cerca de R$ 400 milhões.
Ele também participou de cerimônia de comemoração dos 100
anos do IPT (Instituto Paulista
de Tecnologia). Depois das duas
solenidades, o presidente não
deu entrevista.
Covas disse, ao final das cerimônias, que não acredita que
uma possível reforma ministerial acabe com as crises entre os
aliados. "Eu acho que reforma
ministerial não resolve. Não é
mudando ministro deste ou daquele partido que a base será
acalmada. Se tem um ministro
que não vai bem, tira o ministro
e pronto", afirmou.
Em Brasília
O presidente se irritou ontem
com perguntas sobre a suposta
saída do ministro da Agricultura, Francisco Turra (PPB), do
governo. FHC insiste em não
tratar publicamente a reforma
ministerial que está sendo negociada por ele para julho.
"Já respondi dez vezes (sobre
isso). Não inventem mais nada,
por favor", respondeu FHC à
pergunta da Folha sobre a possível saída de Turra do governo.
O ministro da Agricultura estava ao lado do presidente, que
anunciava safra recorde de
grãos e comemorava a redução
nos índices de desemprego.
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