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Empresário diz que recorreu por questão moral
DA REPORTAGEM LOCAL
"Esse embargo não me beneficia em nada, porque eu já fui
absolvido", diz o ex-senador
Luiz Estevão. Segundo ele,
"quem é absolvido não pode
pretender ser beneficiado. A
única razão de eu ter interposto
o recurso é que ele me tira um
desconforto, do ponto de vista
moral. É o desconforto de ficar
a dúvida sobre um fato que para mim era induvidoso".
Estevão diz que teve dificuldades para convencer os advogados a oferecer o recurso. "É
incomum uma pessoa absolvida pretender ainda algum tipo
de decisão, embora não houvesse nenhum desdobramento
do ponto de vista judicial. É
uma questão moral."
Ele diz que houve "flagrante
ilicitude, ilegalidade e inconstitucionalidade na obtenção dos
documentos no exterior, por
meio dos quais o Ministério
Público Federal pretenderia
provar um suposto envio de
dólares para o juiz Nicolau".
"Fui absolvido porque não
está em nenhum momento
provado que eu mandei dinheiro, como eu nunca mandei. Vou até o tribunal do Vaticano para provar isso."
"Os documentos são falsos,
conforme comprovado por
laudo pericial anexado ao processo. Quando foram obtidos,
o tal tratado de assistência mútua entre o Brasil e os Estados
Unidos não estava em vigor."
Estevão diz que os documentos também não foram obtidos
pelo governo americano. "O
próprio ofício no qual o Departamento de Estado envia os documentos para a embaixada
brasileira em Washington diz
que [os papéis] tinham sido recebidos de um escritório de advocacia contratado pelo governo brasileiro".
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