|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
"Ele usa a TV para chantagear políticos", devolve Melles
DA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Em campanha para reeleição a
deputado federal, o ex-ministro
Carlos Melles (PFL-MG) negou
ser o beneficiário da concessão de
TV educativa autorizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para a cidade mineira de São
Sebastião do Paraíso.
Melles disse que a Fundação
Educacional e Cultural do Sudoeste Mineiro, que recebeu a
concessão, pertence à cidade, não
a ele, mas admitiu ter sido dele a
iniciativa de criar a entidade e ter
levado o pedido de concessão ao
governo.
Ele confirmou que seu primo e
assessor parlamentar, Giuliano
Melles, e dois prefeitos da região
ligados a ele fizeram parte da fundação, mas disse que se afastaram
da entidade. "É bom que a fundação não tenha políticos nem parentes de políticos", justificou.
Ele reagiu às acusações do empresário Antonino Amorim em
tom igualmente agressivo. Disse
que Amorim teve longa carreira
na política local como vereador e
teria conseguiu a rádio Ouro Verde por influência política. ""Esse
moço é demissionário da prefeitura e quer voltar. Tem 2000 processos nas costas. É uma pessoa
revoltada, que sempre usou o poder político em benefício próprio
e usa escandalosamente a TV como instrumento de chantagem."
Indagado se o fato de estar à
frente de um ministério, na época,
facilitou obter a concessão e se isso seria abuso de poder, Melles
disse que vários deputados apadrinharam pedidos de concessão
de rádio e TV educativas para
fundações e que não vê abuso de
poder nisso. Disse que quando foi
assinado o contrato da Sudoeste
Mineiro, vários deputados estavam no Ministério das Comunicações acompanhando outras
fundações.
(EL)
Texto Anterior: Distribuição coloca em xeque discurso de FHC Próximo Texto: FHC deu concessão a emissora sob processo Índice
|