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NA ESCOLA
Professor diz que presidenciável tinha temperamento intempestivo
'Ciro sempre quis ser presidente'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOBRAL
"Ciro sempre teve a ambição
de ser presidente da República",
afirma o professor holandês Petrus Johannes van Ool, 68, conhecido como professor Pedro,
um dos que deram aula para Ciro Gomes (PPS) na mais tradicional escola particular de Sobral, o Colégio Sobralense.
Radicado no município desde
1966, para onde mudou-se depois de rodar o mundo para ser
"vigário da roça", o professor e
ex-padre afirma que Ciro tinha
duas características que o marcaram. De um lado, era um aluno inteligente. De outro, tinha
um temperamento considerado
intempestivo e "aperreado" que
obrigou o professor a muitas vezes chamar a atenção do aluno
durante a aula.
"O Ciro sempre pegou as coisas no ar, não precisava percorrer o caminho laborioso do raciocínio, como os demais. Mas,
na pressa de ver e entender as
coisas, eu tinha de dizer: "Calma,
vá mais devagar, tenha paciência" ", relembra o professor, que
deu aulas de inglês e história durante dois anos ao presidenciável do PPS.
Segundo o professor, Ciro Gomes nunca aceitou ser o segundo, sempre lutava na classe para
ser o primeiro aluno em tudo.
"Teve um episódio em que os
alunos começaram a rabiscar a
lousa e, quando os professores
perceberam, mandaram apagar
tudo. Depois, percebi que o único nome que não havia sido
apagado era o de Ciro, bem no
alto da lousa. Até nisso ele queria ser sempre o primeiro."
A ambição pela Presidência da
República foi descrita em uma
redação, entregue ao professor
Petrus Johannes van Ool, em
que Ciro escreveu "um dia serei
presidente do Brasil".
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