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Para pefelistas, Amazonino nega apoio a Alckmin
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Uma comitiva de senadores do PFL tentou obter
ontem pela manhã o apoio
do maior líder do partido
no Amazonas, Amazonino
Mendes, para a campanha
de Geraldo Alckmin à Presidência, mas a iniciativa
fracassou antes mesmo da
chegada do tucano a Manaus, à tarde. Amazonino
disse que não o apoiará.
Aos pefelistas José Jorge (PE), candidato a vice
na chapa de Alckmin, Jorge Bornhausen (SC), presidente do partido, e Heráclito Fortes (PI), Amazonino afirmou que o motivo
da negativa é conflito com
o PSDB -em especial com
José Serra- por causa dos
incentivos fiscais às indústrias da Zona Franca.
"Vejo nele [Serra] grandes qualidades, mas vai governar SP e representar os
interesses dele. É a dificuldade de defender a candidatura do dr. Alckmin.
Não há um amazonense
que não suspeite de governo federal de SP." Ele negou que apoiaria Lula.
José Jorge disse que
ainda apelou: "Se ele
[Amazonino] não quer votar num paulista [Alckmin], vota em mim. Como
vice-presidente, serei soldado da Zona Franca".
Bornhausen e Heráclito
não esconderam a decepção com a resposta de
Amazonino, que disputa o
governo amazonense com
o candidato à reeleição,
Eduardo Braga (PMDB),
apoiador de Lula.
"Ele [Amazonino] recebeu um pedido [apoiar
Alckmin] de casamento à
moda antiga. Não precisa
responder no dia, pode fazer o charme", disse Fortes. Alckmin chegou a Manaus à tarde e, no aeroporto, encontrou-se com os
senadores pefelistas.
Sem a companhia dos
senadores, mas com Arthur Virgílio, candidato do
PSDB ao governo, Alckmin foi recebido pelo prefeito de Manaus, Serafim
Corrêa (PSB), e visitou indústria de motocicletas.
No Acre, Alckmin teve o
apoio de dois candidatos
ao governo: Tião Bocalom
(PSDB) e Márcio Bittar
(PPS) e foi carregado pelos
militantes, que gritaram
seu nome. Ele negou isolamento em relação aos candidatos nos Estados.
Questionado sobre comentário de Cláudio Lembo a respeito da vantagem
de Lula nas pesquisas, afirmou: "Se dependesse de
pesquisa a 40 dias da eleição, não teria sido governador de SP em 2002 porque quem estava na frente
era o Maluf".
(KÁTIA BRASIL)
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