São Paulo, sábado, 26 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para pefelistas, Amazonino nega apoio a Alckmin

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Uma comitiva de senadores do PFL tentou obter ontem pela manhã o apoio do maior líder do partido no Amazonas, Amazonino Mendes, para a campanha de Geraldo Alckmin à Presidência, mas a iniciativa fracassou antes mesmo da chegada do tucano a Manaus, à tarde. Amazonino disse que não o apoiará.
Aos pefelistas José Jorge (PE), candidato a vice na chapa de Alckmin, Jorge Bornhausen (SC), presidente do partido, e Heráclito Fortes (PI), Amazonino afirmou que o motivo da negativa é conflito com o PSDB -em especial com José Serra- por causa dos incentivos fiscais às indústrias da Zona Franca.
"Vejo nele [Serra] grandes qualidades, mas vai governar SP e representar os interesses dele. É a dificuldade de defender a candidatura do dr. Alckmin. Não há um amazonense que não suspeite de governo federal de SP." Ele negou que apoiaria Lula.
José Jorge disse que ainda apelou: "Se ele [Amazonino] não quer votar num paulista [Alckmin], vota em mim. Como vice-presidente, serei soldado da Zona Franca".
Bornhausen e Heráclito não esconderam a decepção com a resposta de Amazonino, que disputa o governo amazonense com o candidato à reeleição, Eduardo Braga (PMDB), apoiador de Lula.
"Ele [Amazonino] recebeu um pedido [apoiar Alckmin] de casamento à moda antiga. Não precisa responder no dia, pode fazer o charme", disse Fortes. Alckmin chegou a Manaus à tarde e, no aeroporto, encontrou-se com os senadores pefelistas.
Sem a companhia dos senadores, mas com Arthur Virgílio, candidato do PSDB ao governo, Alckmin foi recebido pelo prefeito de Manaus, Serafim Corrêa (PSB), e visitou indústria de motocicletas.
No Acre, Alckmin teve o apoio de dois candidatos ao governo: Tião Bocalom (PSDB) e Márcio Bittar (PPS) e foi carregado pelos militantes, que gritaram seu nome. Ele negou isolamento em relação aos candidatos nos Estados. Questionado sobre comentário de Cláudio Lembo a respeito da vantagem de Lula nas pesquisas, afirmou: "Se dependesse de pesquisa a 40 dias da eleição, não teria sido governador de SP em 2002 porque quem estava na frente era o Maluf". (KÁTIA BRASIL)


Texto Anterior: Eleições 2006/Presidência: Lembo prevê a vitória de Lula e agrava crise com PFL
Próximo Texto: Tribunal multa consórcio do caso da cueca
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.