|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INVESTIGAÇÃO
Decisão dirá se Justiça Federal ou estadual apreciará denúncia
STJ vai decidir quem deve julgar Maluf no caso Jersey
RONALD FREITAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O STJ (Superior Tribunal de
Justiça) decide no dia 10 de outubro se é a Justiça Federal ou a paulista que julgará o ex-prefeito Paulo Maluf caso seja acatada eventual denúncia relativa às contas de
que o ex-prefeito é beneficiário na
ilha de Jersey.
A decisão estabelece, por consequência, a esfera competente para
investigar Maluf. A data foi definida ontem pelo presidente do STJ,
Paulo Costa Leite.
O conflito de competência foi
suscitado pela juíza federal Adriana Soveral, da 8ª Vara Criminal. A
juíza, que já se recusou a receber
denúncias contra o ex-prefeito,
justificou que os crimes apurados
são de competência da esfera federal. Em seu pedido, ela alega
que a indefinição poderia levar ao
pedido de arquivamento dos processos pelos advogados de defesa
de Maluf.
Os procuradores da República
Denise Abade e Pedro Barbosa
Neto apuram se Maluf cometeu
crime federal contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro ao
não declarar remessas de dinheiro para o exterior.
O promotor paulista Marcelo
Mendroni investiga a possibilidade de crime de lavagem de dinheiro e contra a administração pública, supondo que o dinheiro depositado no paraíso fiscal é fruto de
desvio de verbas públicas durante
a gestão do ex-prefeito (93-96).
Um eventual decisão a favor do
Ministério Público Federal não
implica mudança de esfera das investigações de crime de improbidade administrativa, sob a responsabilidade do promotor Sílvio
Marques, da promotoria da Cidadania do Ministério Público paulista. Marques e os procuradores
da República fizeram um acordo
informal de colaboração no final
de de agosto.
Nova nota
A assessoria do ex-prefeito Paulo Maluf divulgou nova nota à imprensa, ontem, em que acusa promotores e procuradores de cercear-lhe o direito de defesa. "Uma
prova concreta de que a acusação
de Maluf é infundada são as guias
de recolhimento com o valor cobrado pelas cópias dos processos
pagas por uma estagiária do advogado Ricardo Tosto", afirma o
promotor Sílvio Marques. Tosto é
um dos advogados que defende o
ex-prefeito.
Texto Anterior: PT adia resultado de eleição interna pela terceira vez Próximo Texto: Elio Gaspari: A casa de Mãe Joana virou Mãe Joana's House Índice
|