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Caldas afirma que não
será "massa de manobra"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Quarto-secretário da Mesa Diretora da Câmara, o deputado
João Caldas (PL-AL), 45, é mais
um que disputa o espólio de Severino Cavalcanti, de quem é fiel
aliado. Jantou com ele na quinta e
pediu seu apoio, mas Severino
não disse nem sim nem não.
Folha - O sr. pensa em retirar sua
candidatura para apoiar a de Aldo?
Caldas - Não participo desse tipo
de acordo. Não estou aqui para
ser massa de manobra de ninguém. Se houver um acordo verdadeiro, para encontrar um candidato de consenso da base aliada,
eu retiro. Mas não desse jeito.
Folha - Que jeito?
Caldas - O Arlindo [Chinaglia, líder do governo na Câmara] só
cumpriu tabela. Tudo já estava
acertado, na viagem que o presidente Lula fez a Maceió, com o
[senador José] Sarney e o Renan
[Calheiros, presidente do Senado]. Aldo sempre foi o candidato.
Folha - No segundo turno, o sr.
apóia o governo ou a oposição?
Caldas - Eu não posso ganhar?
Eu conheço essa Casa. No começo
do ano, fui eleito para a Mesa contra o governo e meu partido, que
apoiava outro candidato. Mas fui
lá e ganhei. E vou ganhar de novo.
Folha - O sr. vai se fiar no apoio do
baixo clero?
Caldas - Isso nunca existiu. Não
havia baixo clero nesta Casa, mas
uma casta de parlamentares. Severino acabou com isso. Hoje vivemos uma outra era.
Folha - O sr. é o candidato do Severino?
Caldas - Devo ser.
Folha - Mas e Ciro Nogueira?
Caldas -Severino vai apoiar
quem se viabilizar melhor. Espero
que seja eu.
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