São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2005

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Caldas afirma que não será "massa de manobra"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quarto-secretário da Mesa Diretora da Câmara, o deputado João Caldas (PL-AL), 45, é mais um que disputa o espólio de Severino Cavalcanti, de quem é fiel aliado. Jantou com ele na quinta e pediu seu apoio, mas Severino não disse nem sim nem não.
 

Folha - O sr. pensa em retirar sua candidatura para apoiar a de Aldo?
Caldas -
Não participo desse tipo de acordo. Não estou aqui para ser massa de manobra de ninguém. Se houver um acordo verdadeiro, para encontrar um candidato de consenso da base aliada, eu retiro. Mas não desse jeito.

Folha - Que jeito?
Caldas -
O Arlindo [Chinaglia, líder do governo na Câmara] só cumpriu tabela. Tudo já estava acertado, na viagem que o presidente Lula fez a Maceió, com o [senador José] Sarney e o Renan [Calheiros, presidente do Senado]. Aldo sempre foi o candidato.

Folha - No segundo turno, o sr. apóia o governo ou a oposição?
Caldas -
Eu não posso ganhar? Eu conheço essa Casa. No começo do ano, fui eleito para a Mesa contra o governo e meu partido, que apoiava outro candidato. Mas fui lá e ganhei. E vou ganhar de novo.

Folha - O sr. vai se fiar no apoio do baixo clero?
Caldas -
Isso nunca existiu. Não havia baixo clero nesta Casa, mas uma casta de parlamentares. Severino acabou com isso. Hoje vivemos uma outra era.

Folha - O sr. é o candidato do Severino?
Caldas -
Devo ser.

Folha - Mas e Ciro Nogueira?
Caldas -
Severino vai apoiar quem se viabilizar melhor. Espero que seja eu.


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