São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Lançamento de programa de governo é sinal de que Serra pode ir a debate hoje

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Líder na disputa pelo governo de São Paulo, o tucano José Serra está com tudo preparado para participar hoje do debate da TV Globo. Além da elaboração de um roteiro -um caderno com informações sobre o Estado-, Serra anunciou, em ato realizado pelo PSDB, a conclusão de seu programa de governo ainda para ontem à noite.
A expectativa era que o programa saísse das gráficas ainda ontem, esvaziando um possível ataque do adversário petista, Aloizio Mercadante, de que Serra não tem propostas prontas para administrar o Estado.
Apesar dos sinais do candidato, Serra não anunciou se vai ao debate. A idéia de participação divide seus aliados. Enquanto tucanos ponderam que sua ausência seria mais danosa que um embate com Mercadante, outros dizem que o confronto traria desgaste desnecessário.
Os defensores de sua participação lembram que Mercadante está fragilizado depois da descoberta do envolvimento de petistas -inclusive da coordenação de sua campanha- na compra de dossiê contra o PSDB. Outro argumento é que, com a cadeira vazia, Serra ficaria vulnerável aos ataques de Orestes Quércia (PMDB) e Carlos Apolinário (PDT). Nos debates nas TVs Gazeta e Bandeirantes, Serra faltou e virou alvo dos rivais.
Para os alckmistas, sua presença teria outro significado: o candidato à Presidência, Geraldo Alckmin, poderá cobrar a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no debate de quinta-feira sem embaraços. Ontem, na saída do ato em que Serra afirmou que o responsável por seu programa, Hupert Alqueres, não estava lá porque concluía seu programa de governo, Alckmin disse que Lula "tem obrigação" de ir ao debate da TV Globo, na quinta.
O programa de governo de Serra deve, ao tratar de segurança, insistir na tese de que os recentes ataques do crime organizado no Estado são uma reação à repressão adotada nas gestões tucanas.
Como soluções, Serra apontará a construção de novos presídios de segurança máxima, com uso do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Também proporá uma ação integrada das polícias Militar e Civil.


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