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PÓS-CRISE
Governador pede que continuem orando
Garotinho se reúne com evangélicos
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
Em clima de campanha, o governador do Rio, Anthony Garotinho, passou duas horas ontem à tarde, com cerca de 800
pastores evangélicos em uma
igreja no Flamengo (zona sul do
Rio). No encontro, pediu aos
pastores: "Continuem orando
para me ajudar".
"Vocês sabem a importância
que suas orações tiveram na
nossa vitória (eleitoral). Vencemos porque o povo de Deus nos
seguiu na caminhada", afirmou.
Garotinho, que é evangélico,
disse que estava ali para prestar
contas dos dez primeiros meses
de sua administração.
O governador afirmou que seu
desempenho no cargo até agora
"não foi obra só de nossas mãos,
mas resultado de nossas orações", pedindo então que as rezas continuassem.
Disse que o encontro com os
pastores era uma forma de "devolver a confiança" dos evangélicos que, durante a campanha
para o governo do Estado, abriram suas igrejas para ele.
"Há muito "candidato doril",
aquele que depois da eleição sumiu, mas nós queremos ter uma
relação permanente com vocês", disse o governador para,
em seguida, exibir um vídeo
com pouco mais de dez minutos, em que mostrava as principais realizações de seu governo.
Ao ouvir uma pergunta sobre
uma eventual candidatura à
Presidência, disse que "com sinceridade, Deus ainda não falou
ao meu coração sobre a Presidência". "Mas vai falar", gritou
uma mulher na platéia, sendo
aplaudida. "Tudo bem, profeta,
mas ao meu ainda não falou",
respondeu o governador. "Mas
já falou ao coração do povo",
gritou um pastor. "Eu sei, mas
para o meu ainda não", repetiu
Garotinho, sob aplausos.
O governador estava acompanhado da vice-governadora Benedita da Silva.
Arrancou gargalhadas ao comentar uma declaração de Benedita -que, ao saudar os pastores, afirmou estar se sentindo
em um ambiente sereno. "A irmã Benedita está traumatizada
com o que aconteceu ontem
(anteontem, referindo-se à convenção do PT), mas ninguém
vai dar tapa em ninguém aqui",
disse.
Por pouco mais de uma hora,
o governador respondeu a perguntas dos pastores.
O governador fez ainda uma
referência à Folha. "Eles acharam engraçado eu ter pedido
orações contra a violência e ter
dito que a violência está no coração dos homens. Mas eu conheço as limitações do ser humano", disse, fazendo referência à
reportagem publicada ontem
sobre sua participação em um
culto em uma igreja da Assembléia de Deus, em Taguatinga
(DF).
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