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Nota esclarece compromissos da transição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As decisões relacionadas à
dívida pública não serão necessariamente objeto de consulta
ao novo governo. A informação consta de nota divulgada
ontem pela Casa Civil da Presidência da República.
O objetivo da nota foi esclarecer que, nas "regras da transição", a opinião da nova equipe
só será "preponderante" na revisão do acordo com o FMI
(Fundo Monetário Internacional), não se aplicando à concorrência da FAB (Força Aérea
Brasileira).
Segundo relatório de setembro do Tesouro Nacional, a dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna chegou a
R$ 658,78 bilhões. O governo
considerou que foram mal-interpretadas as informações divulgadas anteontem pelo ministro Pedro Parente.
Diz a nota que a afirmação de
que a opinião da nova equipe
será preponderante é exclusivamente em referência à revisão do acordo com o FMI.
"Não é, pois, uma regra geral
nem se aplica ao segundo tema
específico que foi mencionado
na entrevista coletiva -a concorrência da FAB."
A concorrência da FAB, no
valor de US$ 700 milhões, destina-se à compra dos caças que
vão substituir os Mirage.
Na entrevista de anteontem,
Parente disse que, no caso da licitação da FAB, "se não houver
concordância o presidente Fernando Henrique então se reservará o direito: 1) de tomar a
decisão de acordo com o que
pensa; 2) deixar a decisão então
para que o presidente eleito tome no início do ano que vem. O
que não será feito é nós tomarmos uma decisão contra aquilo
que nós pensamos".
Segundo a nota, as consultas
à equipe de transição do presidente eleito serão feitas em relação a assuntos "relevantes e
cuja repercussão ultrapasse o
final do presente mandato".
Nos assuntos em que houver
consulta, não havendo consenso, o governo diz que poderá
decidir de acordo com sua avaliação ou deixar o tema para ser
decidido a partir de janeiro de
2003. "[...] Não haverá compartilhamento decisório, tendo em
vista que não há compartilhamento da responsabilidade sobre a decisão tomada, que, até
31-12-2002, é da atual administração", diz a nota.
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