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MÔNACO
Audiência de extradição de Cacciola é adiada
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
A audiência do caso do
ex-banqueiro Salvatore
Cacciola, que ocorreu ontem em Mônaco, deveria
ter concedido o parecer
decisivo a respeito do pedido de extradição emitido
pelo governo brasileiro à
Justiça do principado.
Mas, devido a irregularidades no processo, uma
nova audiência foi marcada para 22 de novembro.
Segundo o advogado de
defesa Frank Michel, há
suspeita que o mandado
de prisão que consta da
documentação do processo seja falso. O advogado
afirma que o original do
mandado de prisão emitido pela Justiça Federal do
Rio de Janeiro, e enviado
ao Ministério Público de
Mônaco, não é o mesmo
documento enviado ao governo italiano em 2000.
"Em Mônaco, a lei de extradição exige o envio do
original do mandado de
prisão que sustenta o pedido de extradição", disse.
Na audiência de ontem
no Tribunal de Apelações
de Mônaco, Michel apresentou as duas cópias de
um mesmo mandado de
prisão com as assinaturas
diferentes. Diante da suspeita de fraude, a Justiça
monegasca decidiu estabelecer uma nova data para o julgamento da extradição de Cacciola.
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