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Blairo perde força caso tucano se reeleja
Prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, pode se tornar nome forte na disputa pelo governo do Mato Grosso
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
Depois de o candidato do PR
sair derrotado em Rondonópolis -onde está a sede do grupo
Amaggi-, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR),
terá, a partir de hoje, um quadro mais nítido do que será sua
sucessão em 2010.
Após perder um de seus principais redutos, uma eventual
reeleição do prefeito Wilson
Santos (PSDB) em Cuiabá tornará o tucano um nome forte
para a disputa ao governo daqui
a dois anos, além de reduzir a
influência do grupo político de
Blairo em duas das principais
cidades do Estado.
Já com a vitória do novato
Mauro Mendes (PR), empresário no qual o governador disse
"apostar todas as fichas", o caminho para um sucessor do
mesmo time ficaria bem menos
acidentado.
Santos negou que pretenda
abdicar de metade de um eventual segundo mandato para se
candidatar em 2010.
Já Mendes usou a possibilidade como uma arma de campanha, fazendo ataques diretos
à figura do candidato a vice e
possível prefeito, o petebista
Francisco Galindo.
O professor da Universidade
de Cuiabá e analista político
João Edisom de Souza avalia
que a eleição do tucano Santos
é fundamental para o PSDB,
depois da lacuna deixada pela
morte do ex-governador Dante
de Oliveira.
"No primeiro turno, o PSDB
também perdeu prefeituras
importantes. Cuiabá é como
um último reduto. A sobrevivência do partido como uma
força relevante para 2010 depende disso", disse.
Vitorioso contra o grupo do
governador, o prefeito eleito de
Rondonópolis, José Carlos do
Pátio (PMDB), foi um dos primeiros a declarar apoio ao tucano no segundo turno - contrariando a decisão do próprio
partido, que seguiu Mendes.
"Enfrentei e venci o poder
econômico e político", afirmou
o peemedebista Pátio.
Volta ao Senado
Mais do que um sucessor,
Blairo também mira, nesta eleição, o próprio futuro político.
Nos bastidores, ele já articula
as composições para uma candidatura ao Senado -cargo que
ocupou na década de 1990, na
condição de suplente do senador Jonas Pinheiro (DEM). O
democrata, que morreu neste
ano, era considerado o padrinho político de Blairo.
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