São Paulo, sábado, 26 de novembro de 2005

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OUTRO LADO

Ex-assessor e ministro não se manifestam

DA FOLHA RIBEIRÃO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE


O ex-prefeito Antonio Palocci Filho, atual ministro da Fazenda, e o ex-chefe-de-gabinete Juscelino Dourado, envolvidos no suposto esquema de caixa dois na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) foram procurados para falar sobre o assunto durante a semana, mas não se manifestaram.
A reportagem enviou questionamento à assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, insistiu no pedido, mas nada foi comentado. Em sua participação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na semana passada, Palocci disse que seria impossível, numa cidade como Ribeirão - tendo uma Câmara fiscalizadora, assim como o Tribunal de Contas do Estado (TCE)-, haver contabilidade paralela.
Dourado, quando depôs no Ministério Público sobre o Vale dos Rios, disse que todas as operações na companhia foram dentro da lei e serão confirmadas pelo TCE.
Ele disse nunca ter existido pagamento de complementação salarial de diretores da Coderp, pelo menos que ele tenha tido conhecimento.
Dourado disse que sua saída do Ministério da Fazenda foi uma decisão pessoal, sem relação com sua ligação com Rogério Buratti e com o suposto tráfico de influência.
José Luiz da Silva, dono da Espontânea, foi procurado em sua empresa durante toda a semana, mas também não se manifestou. Funcionárias disseram que ele ora estava em reunião fora, ora viajando, e não havia nenhuma possibilidade de ser contatado. O teor da reportagem foi informado a uma funcionária, mas, mesmo assim, não houve resposta.
A proprietária da Yellowin, que se identificou como Marlene Bergamasco, disse que todos os contratos firmados por sua empresa foram dentro da lei e que seu contador teria as informações para mostrar isso, mas a documentação não foi apresentada até o momento.
O empresário José Breda Ferreira Filho, da NW3, afirmou que todos os serviços prestados para a Prefeitura de Ribeirão Preto foram feitos dentro do valor do mercado (com pesquisas a três empresas), sem possibilidade de ter havido um eventual superfaturamento.
Sobre a generalidade do contrato, Breda afirmou que ele pode até não conter todos os serviços a serem realizados, mas que eles estariam detalhados no edital.
O atual superintendente da Coderp, Ruy Salgado Ribeiro, não quis comentar o assunto.


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