DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Integrante do comitê internacional do Fórum Social Mundial, o diretor-geral do Ibase, Cândido Grzybowski, questionou ontem a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Fórum Econômico Mundial, em Davos: "Não sei o que ele vai fazer lá".
Mesmo ressalvando que até poderia tomar a mesma atitude caso fosse presidente da República, Grzybowski definiu o fórum econômico como "decadente". (LG)
 

Folha - O sr. concorda com a agenda do presidente Lula, que inclui a participação no fórum de Davos?
Cândido Grzybowski - Não entendo por que Lula vai, mas ele tem suas razões, que as organizações civis não têm. É mais uma coisa que nos deixa perplexos no governo Lula.

Folha - Como presidente, não é importante ir ao fórum onde estão as forças econômicas mundiais?
Grzybowski - Como chefe de Estado, é importante, mas se trata de um fórum decadente, em declínio. Lula é um grande negociador. Mesmo assim, não entendo o que ele vai fazer lá.
Não há ponte possível entre os dois fóruns. Como cidadão, fico incomodado ao vê-lo naquele que é, sim, uma feira ideológica.


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