CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O chanceler da Itália, Franco Fratini, planeja vir ao Brasil no início da próxima semana para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que conceda a extradição do ex-militante comunista Cesare Battisti.
Segundo a Folha apurou, o governo italiano tenta nova estratégia, depois da carta em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou rever a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu o status de refugiado político a Battisti.
A comitiva, que parte para Brasília no dia 2 de fevereiro, será integrada pela ex-deputada Daniela Santanchè, que liderou protesto na semana passada em frente à embaixada brasileira em Roma, e Alberto Torregiani, vítima do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), o grupo de Cesare Battisti.
Torregiani, que ficou paralítico e perdeu o pai, Pierluigi, num ataque do PAC em 1979, espera ser ouvido pelos ministros do Supremo na volta do recesso. "Se for possível, eu vou falar", disse à reportagem.
A comitiva também pretende buscar o apoio de congressistas brasileiros.
A embaixada italiana em Brasília e o Itamaraty não confirmaram a visita de Fratini. O chanceler Celso Amorim estará em Davos (Suíça) até o início da semana que vem e só deve retornar a Brasília na terça-feira, dia 3.


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