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Advogada diz
que sobrinho
ajudava ACM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), o
deputado federal Paulo Magalhães (PFL) ajudou o ex-presidente do Congresso a perseguir
o advogado Plácido Farias, 40,
de acordo com o depoimento
da também advogada Adriana
Barreto, 30, à Polícia Federal.
Antes do depoimento de
Adriana Barreto, ex-namorada
de ACM, o nome do parlamentar também foi envolvido nas
supostas irregularidades que
resultaram no monitoramento
ilegal de adversários políticos
do senador no Estado.
A juíza de Itapetinga (581 km
de Salvador), Tereza Cristina
Navarro Ribeiro, também citou o nome do parlamentar ao
prestar depoimento na Polícia
Federal, alegando que Magalhães agiu nos bastidores para
tentar evitar o início das investigações do caso dos grampos.
O delegado federal Gesival
Gomes de Souza, 38, responsável pelo inquérito sobre o caso,
disse que o deputado Paulo
Magalhães deverá ser ouvido
pela PF e pelo Ministério Público logo depois do Carnaval.
A Agência Folha entrou em
contato ontem com o escritório
político do deputado Paulo
Magalhães no Estado.
Segundo informaram os seus
assessores, o parlamentar não
quer falar mais nada sobre os
grampos telefônicos. Em outra
oportunidade, o deputado já
negou participação no caso.
Hospedagem
De acordo com Adriana Barreto, o deputado pefelista teria
telefonado para um spa -local
onde conheceu seu atual namorado, Plácido Farias- pedindo que o estabelecimento
não hospedasse o casal.
Ainda em seu depoimento à
Polícia Federal, Adriana Barreto responsabilizou o senador
ACM pelos grampos.
"Nenhum funcionário público do Estado teria coragem de
grampear meus telefones sem
o aval do senador, até porque a
interceptação telefônica clandestina poderia gravar minhas
conversas particulares com o
próprio ACM", disse em depoimento Adriana Barreto.
O namorado de Adriana, Plácido Farias, contou à Polícia
Federal que o senador ACM o
perseguiu desde que iniciou o
namoro com a advogada.
"Antonio Carlos Magalhães
colocou policiais sem fardamento para me seguir, dentro
de um carro com chapa fria."
Farias disse que começou a
desconfiar que os seus telefones estavam grampeados depois que algumas conversas
eram ironizadas no "Correio
da Bahia", jornal de propriedade da família do senador Antonio Carlos Magalhães.
(LUIZ FRANCISCO)
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