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São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

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Brindeiro quer lei contra tráfico de influência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, defendeu ontem a criação de uma lei que proíba a atuação de advogados na mesma jurisdição onde um parente trabalhe como juiz.
A proposta do procurador, para quem esta ação "preservaria a imagem dos próprios tribunais", foi feita em resposta à pergunta sobre como ele avaliava o caso das gravações feitas pela Polícia Federal em que aparece citado o nome de Erick José Travassos Vidigal, filho do vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Edson Vidigal.
Segundo relatório da PF, Erick participaria de um esquema de negociação de decisões judiciais para beneficiar integrantes do crime organizado em Mato Grosso. Os dois negam a suspeita. Sobre o caso, Brindeiro disse apenas que defende que tudo seja apurado.

Rigor
"Alguns acham que essa lei seria rigorosa demais, já que a Constituição prevê o livre exercício da profissão. Eu acho que não, que ela é perfeitamente razoável porque preservaria a lisura e o respeito do Judiciário, afastando qualquer dúvida sobre tráfico de influência", disse Brindeiro.
Depois de reportagem sobre o assunto ter sido publicada na Folha, no último domingo, o ministro Vidigal pediu ao Ministério da Justiça a investigação de quatro crimes: tráfico de influência, corrupção ativa, exploração de prestígio e vazamento de documentos e fitas confidenciais para a Folha.
(RB)


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