DO ENVIADO ESPECIAL
A SERRA NEGRA (SP)

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), incluído na lista de procurados da Interpol por ter sido condenado nos EUA por fraude e roubos, atacou ontem a Promotoria de Nova York, que acionou o "alerta vermelho" do órgão.
Ao falar pela primeira vez com a imprensa sobre o caso, o deputado confirmou que irá processar o promotor de Nova York, Cyrus Vance. Com o alerta, Maluf pode ser preso caso saia do Brasil.
Para o deputado, os brasileiros têm de "odiar esse promotor": "O Brasil não é nem o Iraque, nem o Afeganistão, nem o Irã. O Brasil é um país democrático", disse ele no Congresso Estadual de Municípios, em Serra Negra (SP).
Maluf nega as acusações de que teria usado uma agência bancária em Nova York para remeter, em 1998, US$ 11,7 milhões desviados das obras da avenida Água Espraiada em sua administração na capital paulista (1993-96).
Ontem, por pouco Maluf não encontrou o delegado Protógenes Queiróz, responsável pela sua prisão, em 2005. "Pena que eu não trouxe as algemas", disse Protógenes ao ser informado da presença de Maluf. (BRENO COSTA)


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