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Empresário diz que "PA" não era Paulinho
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado do empresário
Marcos Vieira Mantovani,
Antônio Ruiz Filho, disse
que seu cliente declarou ontem, ao depor no Fórum Justiça Federal em São Paulo,
que os pagamentos referentes à sigla "PA" eram destinados ao consultor João Pedro
de Moura, e não ao deputado
federal Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP), o Paulinho.
Segundo o advogado,
Moura, que também prestou
depoimento ontem, afirmou
que usou indevidamente o
nome de Paulinho para "conseguir captar clientes" para a
empresa de consultoria Progus, na qual o consultor e
Mantovani seriam "associados". Ruiz Filho disse que o
uso da sigla "PA" foi um acerto entre os sócios da empresa, assim como a forma de
pagamento.
De acordo com a procuradora Adriana Scordamaglia,
os depoimentos de Moura e
Mantovani, que duraram
cerca de sete horas, corroboraram as apurações da PF.
O advogado Antonio Rosella, que defende Paulinho,
negou ontem que o congressista tenha recebido recursos
da Progus. "É uma inverdade
de tamanha magnitude que
só posso classificá-la como
uma violência moral contra o
deputado. E, mais grave, sem
direito à defesa", disse.
Indagado sobre o ofício redigido por Moura que tratava
da indicação do advogado Ricardo Tosto ao cargo de conselheiro no BNDES, a ser assinado por Paulinho, Rosella
disse que, "se está no computador dele [Moura], ele deveria esclarecer".
O advogado José Roberto
Batochio, que defende o advogado Ricardo Tosto, disse
que as conversas entre Tosto
e Mantovani acerca de um
suposto empréstimo do
BNDES, em 2004, "nunca
prosperaram" e o empréstimo "nunca foi concedido".
Segundo ele, Tosto mantinha conversas com Mantovani como seu advogado em
outros processos.
(RV)
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