São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2008

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Empresário diz que "PA" não era Paulinho

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado do empresário Marcos Vieira Mantovani, Antônio Ruiz Filho, disse que seu cliente declarou ontem, ao depor no Fórum Justiça Federal em São Paulo, que os pagamentos referentes à sigla "PA" eram destinados ao consultor João Pedro de Moura, e não ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.
Segundo o advogado, Moura, que também prestou depoimento ontem, afirmou que usou indevidamente o nome de Paulinho para "conseguir captar clientes" para a empresa de consultoria Progus, na qual o consultor e Mantovani seriam "associados". Ruiz Filho disse que o uso da sigla "PA" foi um acerto entre os sócios da empresa, assim como a forma de pagamento.
De acordo com a procuradora Adriana Scordamaglia, os depoimentos de Moura e Mantovani, que duraram cerca de sete horas, corroboraram as apurações da PF.
O advogado Antonio Rosella, que defende Paulinho, negou ontem que o congressista tenha recebido recursos da Progus. "É uma inverdade de tamanha magnitude que só posso classificá-la como uma violência moral contra o deputado. E, mais grave, sem direito à defesa", disse.
Indagado sobre o ofício redigido por Moura que tratava da indicação do advogado Ricardo Tosto ao cargo de conselheiro no BNDES, a ser assinado por Paulinho, Rosella disse que, "se está no computador dele [Moura], ele deveria esclarecer".
O advogado José Roberto Batochio, que defende o advogado Ricardo Tosto, disse que as conversas entre Tosto e Mantovani acerca de um suposto empréstimo do BNDES, em 2004, "nunca prosperaram" e o empréstimo "nunca foi concedido". Segundo ele, Tosto mantinha conversas com Mantovani como seu advogado em outros processos. (RV)


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