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Nacionalização segue no ritmo possível, afirma venezuelano
DA ENVIADA A SALVADOR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O presidente da Venezuela,
Hugo Chávez, afirmou ontem
em Salvador que o processo de
nacionalização de empresas no
país será mantido "no ritmo
das possibilidades".
"Você me pergunta se, nessa
conjuntura, a Venezuela tem
dinheiro. As reservas internacionais da Venezuela são hoje
quase o triplo de há dez anos.
Temos um conjunto de recursos, de fundo estratégico, um
banco público fortalecido e fortalecendo-se. Iremos marchando ao ritmo das possibilidades."
Lula fez uma espécie de defesa de Chávez ao criticar o que
considerou ideologização excessiva do debate sobre o papel
do Estado. Ele interrompeu o
colega quando este foi questionado sobre nacionalizações.
"Eu penso que devemos tomar cuidado para não repetir,
neste momento da história, os
mesmos discursos que permearam praticamente todo o século 20, ou seja, a negação do Estado e a supervalorização da
iniciativa privada", afirmou.
Durante a conversa reservada com Lula, Chávez comentou
que as empresas brasileiras seriam poupadas. "Estamos nacionalizando o país. Menos as
empresas brasileiras. Conversei com o Emilio [Odebrecht]
para [incluí-lo] nesta corrida ao
socialismo. Mas ele não quis",
disse, rindo. Esse trecho foi ouvido pela imprensa devido a um
erro da Presidência.
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