São Paulo, quarta-feira, 27 de maio de 2009

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Nacionalização segue no ritmo possível, afirma venezuelano

DA ENVIADA A SALVADOR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem em Salvador que o processo de nacionalização de empresas no país será mantido "no ritmo das possibilidades".
"Você me pergunta se, nessa conjuntura, a Venezuela tem dinheiro. As reservas internacionais da Venezuela são hoje quase o triplo de há dez anos. Temos um conjunto de recursos, de fundo estratégico, um banco público fortalecido e fortalecendo-se. Iremos marchando ao ritmo das possibilidades."
Lula fez uma espécie de defesa de Chávez ao criticar o que considerou ideologização excessiva do debate sobre o papel do Estado. Ele interrompeu o colega quando este foi questionado sobre nacionalizações.
"Eu penso que devemos tomar cuidado para não repetir, neste momento da história, os mesmos discursos que permearam praticamente todo o século 20, ou seja, a negação do Estado e a supervalorização da iniciativa privada", afirmou.
Durante a conversa reservada com Lula, Chávez comentou que as empresas brasileiras seriam poupadas. "Estamos nacionalizando o país. Menos as empresas brasileiras. Conversei com o Emilio [Odebrecht] para [incluí-lo] nesta corrida ao socialismo. Mas ele não quis", disse, rindo. Esse trecho foi ouvido pela imprensa devido a um erro da Presidência.


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