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Gabrielli nega que Petrobras seja petista e use critérios partidários
Segundo o presidente da estatal, "só tem uma pessoa que é de fora, que sou eu"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli, negou
ontem, em entrevista em Salvador, que a empresa tenha se
tornado petista durante sua
gestão e que use "critérios partidários" para firmar contratos
e repassar verbas de patrocínio.
"A diretoria da companhia só
tem uma pessoa que é de fora
da Petrobras, que sou eu, que
fui indicado pelo Conselho de
Administração", disse Gabrielli, após ser questionado se a
empresa se tornara "petista".
Segundo ele, os seis diretores
são funcionários de carreira.
Entre as linhas de investigação, a CPI da Petrobras no Senado quer esclarecer a utilização de ONGs na Bahia -uma
delas presidida por uma dirigente petista- para o repasse
de verbas para festas de São
João realizadas por prefeituras.
Em 2008, a estatal repassou R$
1,4 milhão para patrocinar festas juninas em 26 cidades.
Questionado sobre os critérios de escolha das instituições,
Gabrielli respondeu: "Eu poderia também revelar aqui o que
nós estamos gastando, por
exemplo, em publicidade com
jornais e com as televisões. Isso
é muito mais do que repassamos às entidades". Ele negou
que estivesse fazendo uma
ameaça à imprensa.
Gabrielli também negou favorecimento a ONGs petistas.
Também em Salvador, Lula
negou ter interferido nas indicações para compor a CPI. "É
problema do Congresso, sobretudo do Senado. Eles vão se
reunir e indicar quem deve ser
presidente, relator, suplente. O
presidente não tem competência para dar palpite sobre quem
deve ser [indicado]."
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