DA REPORTAGEM LOCAL

Por intermédio de seu advogado, Ricardo Tosto, o ex-prefeito Paulo Maluf voltou a negar a existência de contas em seu nome ou no de seus familiares na ilha de Jersey. A posição de Maluf é a mesma desde que o depósito total, de no mínimo US$ 200 milhões, foi revelado pela Folha, no último dia 10 de junho.
Tosto vai aguardar um posicionamento oficial do Ministério Público do Estado de São Paulo para decidir eventuais providências a serem adotadas. "Primeiro, precisamos saber o fundamento da solicitação da promotoria uma vez que o Ministério Público pode pedir o que quiser", afirmou.
Mais uma vez o advogado do ex-prefeito disse que só soube do pedido oficial de informações às autoridades da ilha de Jersey pela imprensa. Tosto é um dos quatro advogados que assessoram Maluf nesse caso. O ex-prefeito cogita contratar escritórios de advocacia estrangeiros, mas relutou até o momento por causa dos custos.
O assessor de imprensa de Maluf, Adílson Laranjeira, disse que o ex-prefeito vai processar promotores envolvidos no caso. Maluf contratou os advogados Ricardo Lima e Arnaldo Malheiros Filho para cuidar do assunto.
A conta em nome de Maluf não consta das declarações de bens do ex-prefeito entregues à Justiça Eleitoral. Por lei, os candidatos devem declarar o patrimônio por ocasião do registro de candidaturas a cargos públicos. A conta de Jersey também não consta das declarações de bens entregues antes da campanha de 1992, quando se elegeu prefeito: a de 1990, quando perdeu a disputa pelo governo de São Paulo, e a de 1989, quando tentou chegar à Presidência.


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