DA REDAÇÃO

DO ENVIADO A BRASÍLIA

A política contra a lavagem de dinheiro da ilha de Jersey foi considerada satisfatória pela OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A informação está no relatório do Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional), órgão da OCDE que combate a lavagem de dinheiro, lançado na última sexta-feira, após congresso em Paris.
A principal restrição do grupo quanto à política de Jersey foi em relação à troca de informações entre autoridades. Pelas normas locais, o procurador-geral da ilha deve aprovar as informações a serem transmitidas ao exterior.
As autoridades brasileiras avaliam que a ilha tem grande interesse em colaborar com as investigações sobre as contas de Maluf para demonstrar cooperação com a comunidade internacional.
O relatório do Gafi comenta os avanços nas políticas financeiras de Jersey desde 1999, quando implantou suas leis financeiras.
"Quando a conduta criminosa é outro tipo de ofensa [que não o tráfico de drogas ou o terrorismo", relatar as suspeitas às autoridades é uma "obrigação indireta': deixar de relatá-las deixa potencialmente aberta a acusação de lavagem de dinheiro; relatar é uma defesa contra tal acusação."
A lei de Jersey permite que instituições de outros países sujeitos às mesmas regras contra a lavagem de dinheiro abram negócios na ilha sem precisar prestar contas sobre a identidade do cliente. O relatório levanta dúvidas quanto à adequação desse sistema.
Outra preocupação do Gafi é com a falta de um esquema para aplicar as novas regras a quem já tinha contas na ilha antes das leis.

Texto Anterior: Outro lado: Pepebista volta a negar contas
Próximo Texto: Caso TRT: Mulher de Nicolau será processada
Índice