|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juiz-corregedor se recusa a falar
DA REPORTAGEM LOCAL
Acusado pelo Ministério Público de ter praticado "ilegalidade",
o juiz-corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais,
Maurício Lemos Porto Alves, se
recusa a atender a Folha.
Porto Alves foi o juiz responsável por autorizar a interceptação
da Polícia Federal nos telefones
do prefeito de Santo André, João
Avamileno, e de pessoas ligadas à
administração petista na cidade.
O PT afirma que ele foi enganado pelos delegados federais e a PF
diz que Porto Alves não reclamou
da corporação. O procurador-geral de Justiça, Luiz Antônio Guimarães Marrey, e o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, dizem que o juiz cometeu
"ilegalidade" por ter autorizado
as escutas sem ouvir o MP.
O juiz foi procurado pela Folha
em seu gabinete na segunda, para
comentar o caso. Sua secretária
informou que ele não iria falar.
Na terça, o gabinete informou
que só a assessoria de imprensa
do Tribunal de Justiça comentaria
a questão, o que não aconteceu.
Ontem, o TJ informou que ele
não comenta as decisões que toma em processos. Ele não atendeu a nenhuma ligação da Folha.
Marrey disse ontem que o juiz
poderá ser processado por crime
de falsidade ideológica se houver
prova de que ele agiu com dolo
(intenção). O MP pode pedir a
anulação de provas obtidas com a
escuta, dado o descumprimento
da lei sobre sigilo telefônico.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Ministério Público apura eventual crime de delegado Próximo Texto: Janio de Freitas: A novidade Índice
|