CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Oficialmente responsável pela escolha, a Executiva estadual do PSDB concedeu ao candidato do partido ao governo de São Paulo, José Serra, poder para a indicação de seu vice. A decisão foi tomada na manhã de sexta-feira.
A garantia permitiu que Serra adiasse o anúncio do vice. Informado no sábado de que teria carta-branca para a escolha, o candidato delegou à Executiva a indicação. Com a medida, ele fica menos vulnerável à pressão partidária, uma vez que processo solitário de decisão já foi criticado até pelo candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.
No domingo, após a convenção, Serra e Alckmin se reuniram para pacificar os ânimos. Mas, segundo tucanos, Alckmin não fez -como se esperava- um apelo em favor do presidente estadual do partido, Sidney Beraldo.
Segundo tucanos, Beraldo e o deputado federal Alberto Goldman são os mais cotados para a vice. A assessoria do deputado Antonio Carlos Pannunzio disse que seu nome também foi lembrado.
A expectativa do deputado é que a Executiva apresente a Serra nomes para que faça a escolha. Apesar de os tucanos apostarem na chapa puro-sangue, Serra continua na tentativa de ampliar sua aliança. Ontem, ele se reuniu com o prefeito de São Bernardo do Campo, Willian Dib, e com o presidente estadual do PSB, Márcio França. Quis saber sobre as chances de uma composição formal.
Para França, são pequenas. Ontem Lembo disse que seu partido, o PFL, "preserva a possibilidade de veto" de tucanos para a vice de Serra.
O PMDB negocia com o PP o vice de Orestes Quércia em São Paulo. Os nomes do deputado federal Celso Russomano e do ex-prefeito Beto Mansur são cogitados -Mansur é o mais cotado.