São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008

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CASO MARKA

Cacciola deve tentar recurso no Brasil, afirma advogado

PEDRO DIAS LEITE
DE LONDRES

O advogado monegasco do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, Frank Michel, deu sinais ontem de que o caso chegou mesmo ao fim e declarou que "talvez ele [seu cliente] prefira ir ao Brasil e defender-se lá".
O Tribunal Supremo de Mônaco, espécie de Suprema Corte, a Corte de Apelações, órgão colegiado, e a Corte de Direitos Humanos Européia já concordaram com a extradição de Cacciola.
Michel disse à Folha, porém, que pediu indenização de 5 milhões à Corte de Direitos Humanos Européia, pelo que considera violações graves. Entre outros pontos, o advogado citou o fato de Cacciola ter ficado preso durante todo o julgamento e a duração do caso, que ficou "acima do razoável" -o ex-banqueiro está preso desde 15 de setembro de 2007.
De acordo com ele, isso viola os artigos 5º e 6º da convenção de direitos humanos, o que justificaria o pedido de indenização de 5 milhões, que seria pago pelo governo de Mônaco.
Esse processo não interfere na extradição do ex-banqueiro. O equivalente a ministro da Justiça de Mônaco, Philippe Narmino, afirmou que a decisão do príncipe Albert 2º será anunciada em um prazo de até dez dias.
No Brasil, Salvatore Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pelo escândalo do banco Marka.


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