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Para Ciro, acordo com entidade seria traição
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, declarou que
não poderia aceitar a proposta de
um acordo antecipado de compromissos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) porque
seria "trair as pessoas que estão
dizendo que querem mudar o
atual modelo econômico".
O candidato afirmou que um
compromisso seu projetaria para
o futuro "políticas econômicas erradas, equivocadas, que trouxeram ao país a menor taxa de crescimento dos últimos 50 anos, que
produziram 11 milhões de desempregados, a "informalização" de 57
em cada 100 brasileiros, empurrados para o biscate, além do drama
da violência, de epidemias, etc".
"Terror"
O candidato presidencial da
Frente Trabalhista acusou ontem
membros do governo federal de
praticar "o terror" por supostamente vincular a subida do dólar
para R$ 3 ao seu crescimento nas
pesquisas eleitorais.
Segundo ele, a política econômica adotada pelo governo é a
responsável pela disparada da
moeda americana.
"Isso [vinculação com pesquisa
eleitoral" nada mais é que terror
[do governo". E terror não é bom
conselho para uma comunidade
de 170 milhões de pessoas."
O presidenciável repetiu em Curitiba -onde fez campanha e debateu com empresários- o mesmo argumento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando do início
da disparada do dólar.
À época, Lula disse que o governo fazia "terrorismo" com a vinculação.
Ciro disse que, se o governo quiser ganhar a eleição, tem de parar
de atribuir a ele ou a Lula a causa
da instabilidade financeira. "É o
candidato do governo [o tucano
José Serra" quem tem que mostrar para o povo que é o melhor."
Disse ainda que, "à medida que
parecem não estarem conseguindo [subir nas pesquisas", estão
apelando para a ignorância".
Para Ciro, a alta do dólar se deve
ao fato de os investidores estrangeiros terem visto "que o Brasil
passou da conta na irresponsabilidade", somada à crise de confiança nos EUA.
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