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Candidato do Ceará
rebate crítica de Tasso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Sérgio Machado,
candidato do PMDB ao governo
do Ceará, disse ontem que o ex-governador Tasso Jereissati, candidato ao Senado pelo PSDB, critica o governo federal e o PMDB
"porque nesta eleição, ao contrário das anteriores, vai haver segundo turno no Ceará".
Machado citou dados do Ibope,
segundo os quais o seu adversário
do PSDB ao governo, senador Lúcio Alcântara, tem 33% das intenções de voto no interior, tradicional reduto dos tucanos. Em 98,
Tasso foi reeleito em primeiro
turno com 48% de votos no interior. A capital é oposicionista.
Em entrevista à Folha, Tasso
acusou o governo federal de liberar "fortunas" de maneira "esquisita" e "escandalosa" para favorecer o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, e
o PMDB de Machado.
O peemedebista reagiu dizendo
que, objetivamente, Tasso não
tem nenhum motivo para reclamar: "Todas as grandes obras do
Ceará durante o governo dele foram financiadas pelo governo federal". Citou o porto de Pecém, a
barragem do Castanhão e o aeroporto de Fortaleza.
Padrinho
Ainda segundo Machado, o
próprio Serra -a quem Tasso diz
que não se sente "na obrigação"
de apoiar- liberou R$ 100 milhões do Projeto Alvorada no
Ceará pouco antes de deixar o Ministério da Saúde.
Ele também defendeu a liberação de verbas, considerada escandalosa por Tasso, para "pontes secas", pequenos açudes e reservatórios: "Não importa quem seja o
padrinho, o importante é que é
bom para o Ceará".
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