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TCU vê licitação irregular da GDK com a Petrobras
DA SUCURSAL DO RIO
A área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) conclui
hoje um parecer no qual aponta
"indícios de superfaturamento"
na contratação da GDK S/A pela
Petrobras para prestar serviços de
manutenção em instalações e
construção de dutos na Unidade
de Negócios da estatal na Bahia. O
valor do contrato, assinado em
novembro de 2004, é de R$
119,288 milhões.
O parecer será encaminhado ao
gabinete do ministro-relator, Guilherme Palmeira, que está em férias e deve começar a analisar o
caso no próximo dia 2. Nem Palmeira nem o plenário do TCU se
pronunciaram ainda sobre o assunto, mas o TCU informou que
julgará todos os processos ligados
ao caso do "mensalão" com prioridade, em, no máximo, 60 dias.
Um contrato só é julgado irregular depois que o plenário do TCU
se manifesta sobre o assunto.
A GDK está sendo investigada
pela CPI dos Correios porque um
de seus sócios, Cesar Roberto de
Oliveira, deu um jipe Land Rover
ao ex-secretário de Geral do PT
Silvio Pereira, que teria supostamente favorecido a empresa em
uma outra licitação da estatal, para a adaptação da planta de processamento de óleo da plataforma
P-34. Nesse caso, o TCU informou que o parecer preliminar da
área técnica não aponta irregularidades na contratação (no valor
de US$ 88 milhões), mas não há
ainda decisão do plenário.
A suposta irregularidade foi encontrada pelos técnicos do TCU
no demonstrativo de formação de
preço apresentado pela GDK, no
qual "há indícios de inclusão indevida de itens na Bonificação Indireta de Despesas". Isso, segundo o parecer preliminar do TCU,
"pode significar, se confirmado,
superfaturamento do contrato".
A Petrobras informou que tem
conhecimento da auditoria no
contrato firmado com a GDK para prestar serviços em instalações
e dutos na Bahia, mas que até agora não foi ouvida no processo. A
estatal afirma, porém, que não detectou nenhuma irregularidade
no contrato e diz que apresentará
as informações sobre a licitação
quando o tribunal solicitar. "Até o
presente momento não houve
apreciação pelo colegiado do tribunal", diz o TCU. Procurada, a
GDK não se manifestou.
(PEDRO SOARES)
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