São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2005

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OUTRO LADO

Rural afirma ter amortizado parte da dívida da DNA

DA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Banco Rural, na nota que enviou à Folha, não respondeu sobre ter aceitado como garantia do empréstimo à DNA Propaganda um contrato da agência já extinto com o governo do Estado. Na nota enviada por meio de sua assessoria de imprensa, o banco diz apenas que a DNA amortizou parte da dívida antes do início da ação de cobrança. Com os R$ 2 milhões que foram pagos na assinatura do acordo judicial, em abril de 2003, o valor total recebido pelo banco (somando-se as parcelas de amortização) ficou em torno do valor original emprestado em agosto de 1988.
Segundo o Rural, incidiram sobre o empréstimo juros mensais de 1,5%, mais correção pela TBF (Taxa Básica Financeira), que era de cerca de 3,5% ao mês, na ocasião.
A DNA, por sua vez, disse que não teve conhecimento do empréstimo contraído no Rural em 1998. Segundo a empresa, o empréstimo "não foi assinado" pelos sócios que administravam a agência na época (Francisco Castilho, presidente, e Daniel Freitas, já morto).
Disse a agência que o empréstimo e as renegociações de dívida foram assinados por Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz e Ramon Cardoso, da SMPB Comunicação. Segundo a DNA, Castilho e Freitas, naquela época, não cuidavam de contratos.
O vice-governador Clésio Andrade também negou saber do contrato entre a DNA e o Rural. Por meio de sua assessoria, disse que, como vice na chapa de Eduardo Azeredo, em 1998, dedicava-se à campanha no interior do Estado. A coordenação financeira da campanha, segundo ele, estava a cargo de Cláudio Mourão, que foi secretário de Administração na gestão Azeredo.
A assessoria de Clésio informou ainda que os deputados federais tucanos que afirmaram ter acertado com ele os repasses para a campanha devem tê-lo confundido com Mourão. O então coordenador financeiro da campanha de Azeredo não foi localizado pela reportagem. (EL,PP,TG e JM)


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