São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Serra quer dividir espólio em redutos de Marta

Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
José Serra, em campanha no bairro de Pedreira (zona sul de SP)


DA REPORTAGEM LOCAL

De olho no "espólio" da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, vai concentrar sua agenda em redutos petistas. Como Serra já lidera no chamado centro expandido da capital paulista, a estratégia é investir na periferia para impedir que os votos de Marta migrem para o petista Aloizio Mercadante.
Serra já se lançou na ofensiva nesta semana. Na segunda, foi ao Itaim Paulista, onde, em 2004, Marta obteve 57% dos votos. Ontem, foi à Cidade Ademar (zona sul), onde teve 48% dos votos; Marta, 52%.
A idéia é mostrar as realizações de Serra. Em Cidade Ademar, ele escolheu o recém-asfaltado Refúgio Santa Terezinha para falar de suas ações na região. Segundo ele, por exemplo, foram 20 ruas asfaltadas, além de 16 em execução.
"Queremos esse espólio [de Marta]. Pelo menos dividir", disse o vice Alberto Goldman. Ontem, Serra também ensaiou o discurso para justificar o distanciamento do governo de Geraldo Alckmin. Comparando a administração com a construção de uma casa, descreveu o momento de São Paulo como o do acabamento.
Na educação, disse que, apesar dos esforços, "ainda falta muito para avançar". Ele prometeu mudar o foco da Sabesp (companhia de água e saneamento), aplicando recursos num fundo para despoluição dos mananciais. Segundo ele, na região, o expressivo investimento da Sabesp em esgoto não é aproveitado por falta da estação elevatória. "Como a parte de acabamento é mais difícil, porque é mais diversificada e o fundamental já foi feito, então, tende a relaxar depois."
Ao responder se "faltou tempo ou acabamento", Serra respondeu "As duas coisas. Tempo é questão também de ênfase". Ao comentar pesquisas, Serra admitiu temer o clima de já ganhou e se disse preparado para um segundo turno: "Gostaria que não houvesse. Mas não estou apostando nisso", disse.


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