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Serra quer dividir espólio em redutos de Marta
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
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José Serra, em campanha no bairro de Pedreira (zona sul de SP) |
DA REPORTAGEM LOCAL
De olho no "espólio" da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), o
candidato do PSDB ao governo
de São Paulo, José Serra, vai
concentrar sua agenda em redutos petistas. Como Serra já
lidera no chamado centro expandido da capital paulista, a
estratégia é investir na periferia para impedir que os votos de
Marta migrem para o petista
Aloizio Mercadante.
Serra já se lançou na ofensiva
nesta semana. Na segunda, foi
ao Itaim Paulista, onde, em
2004, Marta obteve 57% dos
votos. Ontem, foi à Cidade Ademar (zona sul), onde teve 48%
dos votos; Marta, 52%.
A idéia é mostrar as realizações de Serra. Em Cidade Ademar, ele escolheu o recém-asfaltado Refúgio Santa Terezinha para falar de suas ações na
região. Segundo ele, por exemplo, foram 20 ruas asfaltadas,
além de 16 em execução.
"Queremos esse espólio [de
Marta]. Pelo menos dividir",
disse o vice Alberto Goldman.
Ontem, Serra também ensaiou
o discurso para justificar o distanciamento do governo de Geraldo Alckmin. Comparando a
administração com a construção de uma casa, descreveu o
momento de São Paulo como o
do acabamento.
Na educação, disse que, apesar dos esforços, "ainda falta
muito para avançar". Ele prometeu mudar o foco da Sabesp
(companhia de água e saneamento), aplicando recursos
num fundo para despoluição
dos mananciais. Segundo ele,
na região, o expressivo investimento da Sabesp em esgoto
não é aproveitado por falta da
estação elevatória. "Como a
parte de acabamento é mais difícil, porque é mais diversificada e o fundamental já foi feito,
então, tende a relaxar depois."
Ao responder se "faltou tempo ou acabamento", Serra respondeu "As duas coisas. Tempo
é questão também de ênfase".
Ao comentar pesquisas, Serra
admitiu temer o clima de já ganhou e se disse preparado para
um segundo turno: "Gostaria
que não houvesse. Mas não estou apostando nisso", disse.
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