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João Paulo quer retirar status, mas manter foro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), defendeu
ontem a retirada do status de ministro concedido recentemente
ao presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, por meio de
medida provisória. Ele sugeriu,
porém, que o foro privilegiado seja estendido a Meirelles, evitando
que ele seja processado por instâncias que não o STF (Supremo
Tribunal Federal).
A intenção do deputado, que
tem o objetivo de vencer as resistências à medida no Congresso,
não coincide, porém, com a manifestada pelo relator da MP, deputado Ricardo Fiuza (PP-PE).
"Conversei com o Fiuza e achamos muito mais factível, de entendimento mais fácil pela sociedade, estender o foro privilegiado
ao guardião da moeda do que dar
status de ministro, que é uma coisa meio fora do nosso arcabouço
jurídico e de difícil entendimento", disse João Paulo.
A Constituição prevê para o cargo de ministro o foro privilegiado.
Devido a essa previsão constitucional, o relator da MP discordou
da opinião de João Paulo e disse
que não há como tirar o status de
ministro e manter o foro, a não
ser que a Constituição seja alterada, o que está fora de cogitação.
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