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OUTRO LADO
Coordenação do festival diz que não há favorecimento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O presidente da FCMS
(Fundação de Cultura de
Mato Grosso do Sul), Pedro
Ortale, disse ontem que
"qualquer pessoa poderia
participar da concorrência
pública" na qual foi contratada a empresa do petista
Nilson Rodrigues Fonseca,
encarregada de fazer a projeção dos filmes no Festival
América do Sul.
Ele afirmou que não houve
favorecimento. Segundo Ortale, Fonseca não teve concorrentes porque a quantia
de R$ 174.098,17 oferecida
pelo governo estava abaixo
do valor de mercado.
De acordo com Ortale,
Fonseca nunca teve nenhuma ligação com a fundação.
O empresário recebeu patrocínio do festival do inverno em Bonito (MS) porque o
evento "é estratégico para o
governo", disse Ortale.
O festival em Corumbá terá a participação de representantes de dez países da
América do Sul e não poderia ser comparado a "uma
festa de churrascaria", acrescentou Ortale. Ele se referia à
compra, pelo Banco do Brasil, de R$ 73,5 mil em ingressos para um show da dupla
Zezé Di Camargo & Luciano, em julho, cuja arrecadação iria para o PT.
Fonseca afirmou que não
vê nenhum impedimento
ético em ter sido contratado
para fazer as projeções de filmes no festival. "A licitação é
pública. Outros cinemas poderiam concorrer. Eu atuo
nesta área há muito tempo.
Desde os 16 anos. Acho que
vou fazer um bom trabalho,
uma boa mostra de cinema.
Vamos colocar o melhor
equipamento lá", disse o
empresário.
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