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PROTESTO
Recursos usados vêm de contribuições feitas por trabalhadores sindicalizados, políticos e militantes
Gasto com marcha passa de R$ 2,1 mi
PATRICIA ZORZAN
RICARDO GALHARDO
da Reportagem Local
Dados preliminares da coordenação
da ""Marcha dos 100
mil" indicam que
foram gastos pelo
menos R$ 2.084.650
com o protesto de ontem.
Segundo o tesoureiro da CUT
(Central Única dos Trabalhadores) nacional, Renísio Todeschini,
desse total, R$ 2 milhões correspondem a recursos usados pela
central no aluguel de 1.833 ônibus, alimentação e propaganda.
O restante - R$ 84.650- foi
utilizado no pagamento da infra-estrutura do ato, incluindo montagem de palco, contratação de
seguranças particulares e mídia
em rádio e TV. ""A previsão é que
esse gastos cheguem a R$ 120
mil", afirmou Vera Gomes, secretária nacional de Finanças do PT.
As despesas com aluguel de ônibus, alimentação e propaganda
foram custeadas pelos 6 milhões
de trabalhadores filiados aos
2.800 sindicatos da CUT. Os sindicatos arcaram com 80% desses
recursos, as CUTs estaduais, com
14%, e a CUT nacional, com 6%.
Só a CUT-SP alugou 25 ônibus,
fornecidos a entidades que sozinhas não poderiam custear a viagem. Marcos Tresmonde, assessor da central, afirmou que, em
média, o custo de cada ônibus
(com aproximadamente 40 lugares) e da alimentação fornecida
aos manifestantes foi de R$ 2.500.
Mais R$ 6.000 foram empregados na confecção e colagem de 60
mil cartazes em São Paulo, conforme o tesoureiro da CUT-SP,
Agenor Narciso. ""O dinheiro vem
das mensalidades e contribuições
mensais pagas pelos trabalhadores", declarou Todeschini.
Não foram contabilizados dados de transporte e alimentação
de outras entidades.
Os R$ 84.650 utilizados em infra-estrutura foram divididos entre os principais partidos políticos
(PT, PDT, PC do B, PSB, PCB e
PSTU) e entidades (CUT, CMP,
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, MST,
UNE, Confederação Nacional dos
Metalúrgicos e Contag) envolvidas na preparação ao ato.
Raimundo Ferreira Jr., secretário-geral do PT-DF, afirmou que,
dessa verba, a maior contribuição
partiu do PT -R$ 33 mil- e a
menor -R$ 3.000-, do PCB.
De acordo com Vera Gomes, essa divisão foi feita de maneira
proporcional à capacidade financeira e à representatividade de cada um dos organizadores.
Na maioria dos casos, os militantes assumiram suas despesas
pessoais. Em Estados como Ceará, Paraíba, Piauí e Rondônia, as
entidades deram uma ajuda de
custo variável (R$ 75 para os cearenses e R$ 100 para os rondonienses, por exemplo).
Colaborou a Agência Folha
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