|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CPI DO NARCOTRÁFICO
Filiação de deputado será cassada
Executiva do PFL
expulsa Pascoal
da Sucursal de Brasília
O deputado pelo Acre Hildebrando Pascoal, acusado de envolvimento com tráfico de drogas
e grupo de extermínio no Estado,
foi expulso ontem do PFL por decisão da Executiva Nacional do
partido.
A direção do PFL decidiu também cassar a filiação de Hildebrando ao partido para evitar que
ele recorra da expulsão.
"Ele não tem condições de conviver com o partido", afirmou o
líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE).
Segundo Inocêncio, o deputado
"fere o decoro parlamentar e comete crimes que não se coadunam com os princípios éticos de
um partido político".
Com a expulsão de Hildebrando, o PFL perde o quarto deputado nesta semana.
"Com a perda do deputado Hildebrando Pascoal, eu não estou
preocupado", afirmou Inocêncio
ao lamentar a saída dos deputados Eduardo Paes (RJ), Rodrigo
Maia (RJ) e Rubens Furlan (SP).
Processo
Hildebrando responde a processo de cassação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A
base do pedido de cassação é a declaração do deputado de que
"eleição não se ganha com sorriso. O que eu fiz os senhores também fazem".
A afirmação foi feita na CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico, referindo-se à acusação de que teria dado bilhetes de trânsito livre para
processados e condenados.
O relator do processo na CCJ,
deputado Inaldo Leitão (PMDB-PB), afirmou que ouvirá duas testemunhas de defesa na próxima
terça-feira, desde que o deputado
as leve à comissão.
O parecer do relator deverá ser
votado na CCJ na próxima quinta-feira.
"Queremos garantir o direito
amplo de defesa e fazer um julgamento célere, o que também é
constitucional e justo", afirmou o
relator do processo.
Texto Anterior: Celso Pinto: O precedente do Equador Próximo Texto: No Ar - Nelson de Sá: Um número grande Índice
|