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JUDICIÁRIO
Assembléia estadual seria na quarta-feira; paralisação já tem 91 dias
Servidores resolvem antecipar
para hoje decisão sobre greve
UIRÁ MACHADO
DA REDAÇÃO
Os servidores do Judiciário paulista, em greve há 91 dias, resolveram antecipar a assembléia que
decidirá sobre o futuro da mais
longa paralisação da história.
Marcada originalmente para
quarta-feira, a deliberação acontecerá hoje, às 16h, na praça João
Mendes (região central).
A antecipação foi decidida ontem à tarde em reunião do comando de greve. Os servidores
consideraram que a nova proposta feita pelo TJ (Tribunal de Justiça) na última sexta-feira deve ser
votada pela assembléia estadual
"o quanto antes".
Na última assembléia (dia 22),
quase metade dos servidores votou pela suspensão do movimento. No dia seguinte, após comunicado do TJ determinando a abertura de processos administrativos
contra os grevistas, alguns funcionários voltaram ao trabalho. Na
sexta, muitos fóruns no interior
do Estado tiveram funcionamento normal e, na capital, todas as
varas do fórum João Mendes estavam abertas.
Embora a tendência aparente
seja de enfraquecimento do movimento, um mal-entendido pode
determinar o encaminhamento
da assembléia de hoje.
Segundo os servidores, a proposta feita pelo TJ na sexta-feira
tem dois pontos principais: não
haverá punição (processo administrativo) aos grevistas que voltarem a trabalhar "imediatamente"
e todos os dias parados serão descontados por meio de férias, licença-prêmio e outros créditos.
No entanto, de acordo com a assessoria do TJ, o presidente do tribunal, desembargador Luiz Elias
Tâmbara, não pode mudar decisões tomadas, mas vai tentar amenizar as punições já determinadas
-como a abertura de processos
administrativos.
"Ao propor o desconto dos dias
parados, não poderemos fazer
mutirões para atualizar o serviço", disse Ronaldo Curumba, do
comando de greve. "Entendemos
que ele [Tâmbara] não está preocupado com a população."
Protesto
A OAB-SP realiza hoje, às 10h,
em frente à sede da entidade, na
praça da Sé, um Ato Público pela
Volta da Justiça. Seccionais do interior e diversas entidades confirmaram presença. No ato será redigido um manifesto que deverá
ser levado ao governador Geraldo
Alckmin e ao presidente do TJ.
Os servidores anunciaram uma
manifestação para o mesmo horário, na praça João Mendes.
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