São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Governo foi mais rápido no caso do caseiro, diz Alckmin

Candidato compara ritmo da investigação do dossiê à violação de sigilo de Francenildo

Estratégia da campanha tucana nos últimos dias antes do primeiro turno será constranger o governo e o Ministério da Justiça


DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, utilizou ontem o episódio da violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa para criticar a atitude do governo federal nas investigações sobre o dossiê contra os tucanos paulistas.
"Quando o governo quer, ele é violento e viola o sigilo de um moço pobre como Francenildo. Agora, quando é contra gente forte e poderosa e os interesses do governo, aí ele é bem devagarinho, aí deixa para lá", disse ele pela manhã em São Paulo.
Como a Polícia Federal já sinalizou que origem do dinheiro apreendido com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos antes do primeiro turno da eleição, a estratégia dos tucanos nesta reta final será tentar constranger o governo e o Ministério da Justiça.
"Isso não tem ligação com a eleição. A mesma coisa o caso da Bolívia. Vão deixar para conversar depois porque vai aumentar o preço do gás? Precisa esperar a eleição para não perder voto? O problema não é mais ou menos voto. O problema é responsabilidade, já que um crime foi cometido."
O tucano também comentou a possibilidade de o presidente Lula (PT) não comparecer ao debate de amanhã na TV Globo. "Até por respeito ao eleitor ele deveria comparecer e explicar todas as denúncias que pesam contra ele e seu governo.
Alckmin voltou a criticar ontem a demora da PF em apurar a origem do dinheiro apreendido para a compra de dossiê contra o PSDB. "Doze dias depois, o governo não diz de quem são as contas, de quem é o dinheiro, como os dólares entraram."


Colaborou a Sucursal do Rio

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