Ueslei Marcelino/Folha Imagem

Um grupo de 20 pessoas, que veio de Ribeirão Bonito (270 km de São Paulo), protestou ontem em frente ao Senado. Os manifestantes usavam camisetas pretas com os dizeres: "Senado Federal, vergonha nacional" e empunhavam cartazes contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que se absteve na votação de cassação do mandato do peemedebista.
Os manifestantes, que integram a ONG Amarribo, se mostraram indignados com a absolvição de Renan e com a abstenção de Mercadante, a quem acusaram de ser "capacho". Aos gritos, recomendaram que Renan se afaste da presidência do Senado. "Traidores da pátria, um ladrão mais 46 picaretas", afirmaram em referência aos 40 votos que absolveram Renan e outros seis que se abstiveram na votação.
Como o protesto ocorreu fora das dependências do Senado, os manifestantes não foram retirados pelos seguranças.
Anteontem, um grupo de jovens de partidos da oposição foram retirados do Senado. A presidente da juventude nacional do PSDB, Kamyla Castro, que estava entre eles, foi convidada a comparecer à Polícia Legislativa para explicar por que vestia uma camiseta com os dizeres "Fora Renan".
Kamyla não chegou a ingressar no plenário do Senado, onde o regimento interno da Casa impede manifestações públicas. A jovem circulou apenas nos arredores do plenário, próximo ao gabinete de Renan. "A nossa liberdade de expressão precisa ser valorizada, ainda mais no Brasil em que vivemos hoje", disse.


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