MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA

O acirramento na disputa do segundo turno em Sergipe fez os candidatos João Alves Filho (PFL), 61, e José Eduardo Dutra (PT), 45, acusarem um ao outro de "baixar o nível" da campanha.
Em pesquisa do Ibope divulgada ontem, João Alves recebeu 52% das intenções de voto, contra 48% de Dutra.
O resultado indica que a candidatura petista teve maior crescimento do que a de seu adversário desde a realização do primeiro turno, quando Dutra teve 28,4% dos votos e João Alves, 43,6%.
O PT acusa o PFL de reagir ao fortalecimento da candidatura de Dutra caluniando o petista em panfletos distribuídos em Aracaju e em mensagens e vídeos enviados pela internet.
"Eles estão desesperados. Nunca vi uma campanha de tão baixo nível", diz o prefeito licenciado de Aracaju, Marcelo Déda (PT), que coordena a campanha de Dutra.
O PFL nega a autoria das peças e responde que a acusação faz parte das "mentiras" utilizadas pelo PT durante a campanha para prejudicar João Alves.
No dia 14, a Justiça Eleitoral de Sergipe determinou a suspensão por 24 horas da rádio Jornal AM -administrada por João Neto, filho de João Alves- atendendo à representação do PT.

Entrevista
A Justiça Eleitoral considerou procedente a queixa do partido contra entrevista da senadora Maria do Carmo Alves (PFL), mulher de João Alves, em que ela elogiava o programa de governo do marido e atacava o candidato do PT.
Parte do PSDB sergipano anunciou apoio a Dutra após o governador, o tucano Albano Franco, liberar os membros do partido para apoiar quem preferissem.
Alvo de crítica tanto de João Alves quanto de Dutra, o governador afirmou que iria se manter "independente" no segundo turno. Seu candidato, Francisco Rollemberg (PTN), ficou em terceiro lugar no primeiro turno.


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